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Crise bancária nos EUA ajuda bitcoin a aumentar hegemonia no mercado cripto

Dados mostram que criptomoeda ampliou sua participação no setor, indicando maior interesse dos investidores

Bitcoin ampliou participação no mercado de criptomoedas (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 4 de maio de 2023 às 11h18.

O bitcoin é, historicamente, a criptomoeda mais dominante no mercado, com uma participação no setor sempre acima dos 40%. E a crise bancária recente nos Estados Unidos, com uma série de falências de instituições financeiras, tem ajudado o ativo a ampliar ainda mais essa fatia.

Dados da plataforma TradingView mostram que, desde o início de março deste ano, a chamada dominância de mercado da criptomoeda subiu de 42% para 49%, chegando ao maior valor em 22 meses. Além disso, os números mostram que o ativo tem tido uma valorização superior ao resto do setor.

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A dominância é um termo no mercado de criptomoedas que se refere à parcela do valor de mercado de um criptoativo em relação ao valor total do setor. Tradicionalmente, as maiores dominâncias são do bitcoin e do ether, que juntos costumam ultrapassar a casa dos 60%.

A expansão do bitcoin coincidiu com as falências de bancos nos Estados Unidos. As três primeiras foram registradas em março, do Silicon Valley Bank, Signature Bank e Silvergate Bank. Em abril, foi a vez do First Republic Bank, que precisou ser comprado pelo JPMorgan.

O fundo negociação em bolsa ( ETF, na sigla em inglês) SPDR S&P, que busca replicar o comportamento das ações de bancos regionais norte-americanos, caiu mais de 35% desde o início de março, mostrando como o segmento vem enfrentando problemas. A principal causa é a alta de juros nos EUA, prejudicando em especial os bancos mais endividados.

Bitcoin vai continuar subindo?

Para Lewis Harland, gerente de portfólio da Decentral Park Capital, o crescimento da dominância do bitcoin em meio à crise bancária mostra o fortalecimento da tese de que a criptomoeda é uma alternativa ao sistema financeiro tradicional, e até um "anti-dólar", ganhando espaço quando há a perspectiva de um enfraquecimento da moeda.

Esse comportamento seria semelhante a de outras commodities, como o petróleo e o ouro, um ativo tradicional de reserva de valor. Por isso, muitos investidores classificam a cripto como um "ouro digital". "Você vê um desempenho superior do BTC no mercado cripto quando os preços das ações dos bancos regionais entram em colapso", destaca Harland.

"Isso sinaliza que o bitcoin é um ativo líquido anti-dólar de alta qualidade para os investidores à medida que essa crise se desenrola", avaliou o analista em uma entrevista para o site CoinDesk. Considerando os quatro primeiros meses de 2023, a criptomoeda valorizou mais de 60%.

Para Harland, uma continuidade do crescimento dessa dominância, superando a marca dos 50%, pode corroborar a visão de que a criptomoeda está prestes a entrar em um novo, e maior, ciclo de valorização, com uma performance superior ao do resto do mercado.

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