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Corretora de criptomoedas perde R$ 52 bilhões de clientes com apostas virtuais

Caso, que ocorreu no Canadá, foi revelado por reguladores do país, que agora abriram processo de fraude contra a exchange

Corretora de criptomoedas é acusada de crime no Canadá (envato/Reprodução)

Corretora de criptomoedas é acusada de crime no Canadá (envato/Reprodução)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 28 de agosto de 2024 às 14h02.

Última atualização em 28 de agosto de 2024 às 14h36.

A plataforma canadense de negociação de criptomoedas ezBtc e seu fundador, David Smillie, fraudaram clientes e desviaram aproximadamente 13 milhões de dólares canadenses (US$ 9,5 milhões) de seus investimentos em criptomoedas, usando os fundos para apostar em jogos de azar.

Um painel estabelecido pela Comissão de Valores Mobiliários da Colúmbia Britânica (BCSC), um regulador provincial no Canadá, concluiu que a ezBtc desviou fundos de clientes “para seus próprios propósitos". Para piorar, a exchange acabou perdendo os valores que desviou dos investidores.

A plataforma ezBtc, que saiu do ar permanentemente por volta de setembro de 2019 e foi dissolvida em 2022, alegava armazenar todos os investimentos em criptomoedas de seus usuários no chamado "armazenamento frio", ou seja, carteiras físicas que são usadas para evitar a movimentação de ativos.

Durante seu período de operação, entre 2016 e 2019, a ezBtc acumulou mais de 2,3 mil unidades de bitcoins e mais de 600 unidades de ether de investidores em criptomoedas. Desse total, quase um terço foi desviado para as apostas em jogos de azar e uso pessoal do CEO da exchange.

“Concluímos que, no total, 935,46 bitcoins e 159 ethers foram transferidos pela ezBtc para as contas de câmbio de Smillie e/ou para os sites de jogos de azar CloudBet e FortuneJack. As transferências para os dois sites de jogos de azar foram às vezes diretas da ezBtc, e às vezes indiretas da ezBtc para as contas de câmbio de Smillie e, em seguida, para os sites de jogos de azar", explicou o regulador.

O painel destacou ainda que o “engano” orquestrado por Smillie e ezBtc “levou a uma perda real”, pois os clientes não puderam sacar seus ativos. De acordo com o processo judicial, as sanções contra o executivo e a empresa serão impostas até 24 de setembro e podem variar de sanções monetárias a proibições de participação no mercado.

Smillie e representantes da ezBtc não compareceram pessoalmente à audiência, mas o fundador foi representado por um advogado. No geral, a adoção de criptomoedas no Canadá permaneceu estagnada por mais de dois anos, com apenas 3% da população usando bitcoin ou outras criptomoedas para pagamentos diários.

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