Corretora cripto vai compensar todas as emissões de carbono em transações
Em parceria com a Moss, líder em emissões de crédito de carbono via blockchain, a Bitso vai compensar a emissão gerada com todas as transações com bitcoin e tokens ERC-20
Gabriel Marques
Publicado em 26 de abril de 2022 às 17h18.
Última atualização em 26 de abril de 2022 às 17h33.
A corretora cripto Bitso anunciou uma nova parceria com a Moss, “climatech” com dois anos de mercado e líder na comercialização de créditos de carbono em blockchain, que vai compensar toda a emissão das transações com bitcoin e tokens ERC-20. A plataforma conta com 300 clientes, entre eles o iFood e a Hering, e anunciou também que já destinou mais de R$ 150 milhões para a conservação da Floresta Amazônica.
De acordo com um estudo da Universidade de Cambridge, o consumo de energia do bitcoin aumentou 62 vezes entre 2015 e março de 2021. Embora estimativas mostrem que de 39% a 73% dessa energia esteja sendo produzida por fontes renováveis, ainda há muito trabalho a ser feito.
"À medida que a adoção de criptomoedas aumenta no mundo, torna-se cada vez mais urgente discutir sobre os impactos ambientais. Por meio dessa parceria com a Moss — uma empresa referência em blockchain e sustentabilidade — estamos mostrando para a comunidade de criptomoedas que inovação e responsabilidade ambiental podem e devem coexistir”, explica Felipe Vallejo Dabdoub, diretor de corporate affairs e regulação da Bitso. “Estamos muito orgulhosos de anunciar que, a partir de hoje, todas as transações de BTC e ERC-20 dos nossos clientes não impactarão o meio ambiente e, mais importante, ajudarão a contribuir com os projetos de conservação da Floresta Amazônica”, completou.
Para cada transação processada pela Bitso, em todos os seus países de operação, a Moss calcula o equivalente da pegada de carbono e, por meio da aquisição de créditos de projetos de conservação na Floresta Amazônica, compensará as emissões de gases de efeito estufa. De acordo com estimativas, a parceria vai salvar mais de 342 mil árvores da floresta, ou aproximadamente 5.283 toneladas de dióxido de carbono.
“Estamos orgulhosos da parceria com a Bitso, um importante líder no universo de moeda digital", celebra Luis Felipe Adaime, CEO e fundador da Moss. “Nossa esperança é que outros projetos dentro desse universo sigam o exemplo para compensar sua emissão de carbono”.
A procura por compensação de crédito de carbono foi recorde em 2021 — a Moss viu seu crescimento chegar nos três dígitos “Ser o primeiro ativo digital verde lastreado em blockchain da América Latina e estar em grandes exchanges reforça não só a robusteza da nossa inovação mas também a confiabilidade e a seriedade com que a Moss e seus mais de 300 clientes tratam a compensação de emissões de crédito de carbono”, completou Fernanda Castilho, COO da empresa.
No mês passado, a Moss lançou os chamados NFTs da Amazônia. Nas duas rodadas de pré-venda que duraram somente algumas horas, mais de R$ 1 milhão foram arrecadados. Com o sucesso, a empresa iniciou vendas semanais dos tokens não fungíveis, que totalizam uma área de 450 hectáres protegidos.
Os compradores do NFT passam a ser titulares de direitos correspondentes a 1 hectare de terra da região amazônica (o equivalente a um campo de futebol),e receberão um certificado digital criptografado que atesta a autenticidade das áreas florestais,tornando-as passíveis de conservação eficaz, por meio da garantia de que a floresta permanecerá intocada.
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