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'Computação quântica terá o mesmo impacto que IA nos negócios', diz executivo do banco BV

Em parceria com Senai-Cimatec, o banco BV avança em testes de computação quântica para solucionar problemas que são complexos para a computação clássica

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 27 de novembro de 2023 às 16h53.

Última atualização em 27 de novembro de 2023 às 17h48.

O banco BV anunciou avanços em testes de simulação de computação quântica para ajudar a solucionar problemas em diversas áreas do setor financeiro que hoje são complexos para a computação clássica.

Como parte do ecossistema de inovação da instituição, o BVx, os testes começaram em janeiro de 2022 em parceria com o Senai-Cimatec e avançam nas áreas de crédito, dados e segurança da informação, segundo um comunicado de imprensa enviado com exclusividade à EXAME.

A computação quântica, segundo especialistas do banco BV, será necessária no futuro para garantir a segurança, a confidencialidade e a integridade de dados. Além disso, pode ter o mesmo impacto que a inteligência artificial para os negócios. Em um comunicado, o BV afirmou ter realizado simulações de criptografia quântica em colaboração com a área de segurança da informação.

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Computação quântica nos negócios do futuro

“No futuro, a tecnologia de Quantum terá o mesmo peso que hoje tem a inteligência artificial para os negócios. Ainda em estágio inicial e sujeita a falhas, o BV reconhece as oportunidades que a computação quântica trará ao setor financeiro, e avança em testes envolvendo as áreas de Crédito, Dados e Segurança da Informação”, disse Roberto Jabali, diretor executivo de crédito, prevenção a fraudes e cobrança do banco BV.

“A adoção da computação quântica não é apenas uma opção, mas uma necessidade para empresas que desejam manter a confidencialidade e a integridade de seus dados em um cenário de ameaças cada vez mais sofisticadas. O impacto no longo prazo, no entanto, só poderá ser medido quando o hardware estiver disponível para uso comercial”, disse João Gianvecchio, head de digital assets do banco BV.

A promessa é que o hardware esteja disponível para uso empresarial até 2025. “Acreditamos que explorar e investir em computação quântica hoje é um passo crucial para prepararmos o BV para as mudanças que já são esperadas para acontecer nas próximas décadas. As empresas que não iniciarem essa exploração agora enfrentarão desafios significativos e podem ter de investir muito tempo e recurso para alcançar aquelas que já estão na vanguarda dessa inovação”, acrescentou Gianvecchio.

Os projetos desenvolvidos pelo BV são divididos em três níveis de impacto: de curto, médio e longo prazo. No curto prazo, a instituição concentra esforços em gerar valor para as áreas de negócios, validando hipóteses por meio de uma cultura de experimentação, utilizando para isso o simulador quântico do Senai-Cimatec. A finalidade das teses desenvolvidas é melhorar a acurácia dos modelos clássicos de análise de crédito, prevenção à fraude e riscos.

Em uma perspectiva de médio prazo, desenvolveu um Toy Model, modelo simplificado que permite aos colaboradores internos conduzir experimentos em escalas menores usando algoritmos quânticos de forma autônoma. O próximo passo é a aplicação deste Toy Model na rotina de trabalho dos colaboradores do banco.

Para Leone Peter, Diretor Geral Senai-Cimatec, “existe uma corrida global em direção à prontidão do hardware dos computadores quânticos. Embora protótipos com dezenas de Bits Quânticos (Qubits) já estejam disponíveis, a competição também reside na criação de um ecossistema de software aplicado capaz de solucionar desafios do mundo real”.

“A parceria entre o banco BV e o Senai-Cimatec demonstra o pioneirismo em adotar tecnologias de ponta em áreas estratégicas como o setor financeiro brasileiro, mundialmente reconhecido pelas ações de inovação. Estamos nos preparando para essa iminente revolução, por meio de pesquisas, treinamento e experimentação, abordando desafios fundamentais com computação quântica para aumentar a segurança, competitividade e eficiência operacional”, concluiu o especialista do Senai-Cimatec, que é referência em 44 áreas tecnológicas, incluindo a computação quântica.

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