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CEO da Coinbase critica União Europeia e diz que projetos de lei são ruins

CEO e CLO de uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo se manifestam contra projeto de lei sobre criptomoedas que será votado pelo Parlamento Europeu

Brian Armstrong, CEO da Coinbase (Bloomberg/Getty Images)

Brian Armstrong, CEO da Coinbase (Bloomberg/Getty Images)

Nesta quinta-feira, 31, o Parlamento Europeu realizará uma nova votação importante para o futuro das criptomoedas na União Europeia. No entanto, o projeto de lei que propõe a revisão do Regulamento de Transferência de Fundos não agradou alguns nomes importantes da indústria de criptoativos, e o CEO da Coinbase é um deles.

Na terça-feira, 29, Brian Armstrong, CEO e cofundador de uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo, expressou sua oposição ao que chamou de “propostas políticas ruins”, pedindo que a população se manifeste contra o projeto.

“É importante que continuemos nos manifestando contra propostas políticas ruins sobre cripto. Desta vez, na União Europeia”, publicou Brian Armstrong no Twitter, juntamente com um link para uma publicação do CLO da empresa, Paul Grewal.

O executivo, que é especialista jurídico na Coinbase, analisou o projeto de lei, justificando seus pontos mais prejudiciais ao mercado de criptomoedas. Segundo ele, a proposta possui “implicações anticoncorrência e anti-inovação significativas”.

“Fatos ruins fazem leis ruins. Vemos isso em jurisdições em todo o mundo, especialmente quando se trata de ativos digitais. Infelizmente, estamos prestes a ver isso novamente, desta vez na União Europeia”, escreveu Paul Grewal, que em seguida, listou quais seriam os “fatos ruins”:

  • A crença de que ativos digitais são a principal forma de os criminosos esconderem e movimentarem dinheiro
  • A impossibilidade de as autoridades rastrearem a movimentação de criptomoedas
  • A crença de que exigir a coleta e verificação de informações pessoais associadas à carteiras de custódia própria não é uma violação de privacidade

(Mynt/Divulgação)

O especialista jurídico afirmou que tais “fatos ruins” não seriam verdadeiros no mercado de criptomoedas, acrescentando que estas seriam mais seguras do que o dinheiro físico, por exemplo, que não pode ser rastreado.

Paul utilizou como justificativa algumas características da tecnologia blockchain e a própria abordagem jurídica da União Europeia com o dinheiro fiduciário. “Em vez de abraçar e aproveitar os benefícios que surgem do uso crescente de ativos digitais, a proposta da UE os deixaria de lado e imporia uma série de novas invasões de privacidade aos usuários de carteiras”, disse o executivo, que explicou que “exigir que as corretoras se envolvam em extensa coleta, verificação e retenção de dados sobre não clientes vai contra os princípios básicos de proteção de dados da União Europeia”.

Ambos os executivos da Coinbase aproveitaram o momento para pedir que a população europeia se manifeste contra o projeto de lei. “Agora é a hora de falar e ser ouvido”, escreveu Grewal. Anteriormente, o Parlamento Europeu votou contra a proibição de bitcoin na União Europeia.

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