Brasil tem uso mais sofisticado de criptomoedas da região, diz Chainalysis
Brianna Kern, da empresa de análise de dados em blockchain, comparou uso de criptomoedas no Brasil com outros países; ela também falou sobre uso de ativos digitais para atividades ilícitas
Gabriel Marques
Publicado em 28 de janeiro de 2022 às 13h35.
Última atualização em 28 de janeiro de 2022 às 14h00.
Em mais um painel no evento do Future Of Money, Brianna Kernan, lead da América do Sul na Chainalysis, empresa de análise de dados em blockchain, revelou que o Brasil tem o uso mais sofisticado dos ativos digitais na América do Sul.
O painel “Como a chegada das instituições afeta o mercado de criptoativos?” também contou com a presença da advogada e co-host do podcast Panorama Regulatório, Thamilla Talarico, e abordou temas como o papel do Brasil no mercado das criptomoedas.
Segundo Brianna, enquanto países como Venezuela e Argentina usam os criptoativos como moeda de troca, em decorrência do pouco valor de suas moedas locais, no Brasil a principal atividade é o investimento e a especulação, aproximando-se de países mais desenvolvidos.
Os dados da Chainalysis mostram que vários países da América do Sul estão no Top 25 de adoção das criptomoedas, com o Brasil sendo responsável pela maior parte das transações, recebendo mais de US$ 91 bilhões em ativos digitais entre a metade de 2020 e de 2021.
Outro tema abordado na conversa foi o uso de criptomoedas para a prática de atividades ilícitas, que, segunda elas, atingiu um novo patamar positivo: embora o número de transações ilícitas tenha sido o maior da história em 2021, a proporção em relação ao total movimentado no ecossistema cripto caiu para os níveis históricos mais baixos.
O evento, que terminou nesta sexta-feira, 28, reuniu grandes nomes da indústria cripto e blockchain do Brasil e do exterior, como Sam Bankman-Fried, Joseph Lubin e Raoul Pal, entre muitos outros. Os vídeos com as entrevistas, discussões e debates estão disponíveis no canal do Future of Money no YouTube.
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