Bitcoin e ether, as duas maiores criptomoedas do mundo (Yuriko Nakao/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 17h51.
Última atualização em 7 de fevereiro de 2022 às 18h31.
Um relatório técnico da Bloomberg Intelligence divulgado no domingo, dia 6, mostra otimismo com relação ao futuro das duas principais criptomoedas do mundo e diz que ao recuperar a faixa de preço de US$ 40 mil, o bitcoin tem no valor "mais um piso do que um teto", citando os US$ 100 mil como uma possibilidade real. O texto também faz previsões positivas sobre o Ethereum.
"O próximo nível-chave do bitcoin pode ser de US$ 100 mil. É mais provável que o bitcoin esteja formando um piso do que um teto, o que significa que os traders acostumados a US$ 30 mil a US$ 60 mil podem ficar desapontados", diz o texto, sobre a recente alta no preço da criptomoeda. "Desde o início de 2021, os mais orientados taticamente tiveram oportunidades perto da extremidade inferior duas vezes e venderam pelo dobro na extremidade superior", complementa, sobre as quedas do ano passado, que foram seguidas por fortes movimentos de alta até novos recordes de preço.
O documento, chamado "Bloomberg Intelligence: Crypto Outlook", afirma que a mudança nas métricas de oferta e demanda influenciarão no possível aumento de preço do bitcoin, apesar do número crescente de outras criptomoedas em circulação e do excesso de oferta desta classe de ativos atualmente — citando, por exemplo, os movimentos de "pump and dump" das criptomoedas-meme.
Ao mesmo tempo, o relatório diz que a enorme adoção inicial e sua oferta limitada são importantes catalizadores para seu crescimento, afirmando, ainda, que a "adoção massiva pode ser imparável": "Pelas regras da economia, um mercado com demanda crescente e oferta em declínio subirá ao longo do tempo, sugerindo que o bitcoin pode estar formando um fundo novamente em torno de US$ 30 mil à medida que a resistência de US$ 60 mil envelhece. Os fundamentos do Ethereum são semelhantes, com orientação técnica direta", diz o texto.
Assinado por Mike McGlone, Andrew Silverman e Nathan Dean, o relatório diz que investidores de bitcoin com posições vendidas à espera de uma volta para a faixa de US$ 30 mil provavelmente ficarão decepcionados, ao mesmo tempo que a resistência em US$ 60 mil parece ter menos força do que em novembro de 2021, quando o ativo registrou seu maior preço da história.
O documento também aprofunda a análise sobre o ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, também com otimismo sobre o seu preço — o relatório chama o ativo de "base para tecnologias revolucionárias como tokens não fungíveis [NFTs] e criptodólares": "A demanda crescente versus a dinâmica da oferta em declínio são semelhantes para o ether, com inferências de preços ascendentes. Os fundamentos de alta estão intactos e a orientação técnica tem sido direta".
No entanto, no caso da segunda maior criptomoeda do mundo, existe a possibilidade de nova queda até uma alta mais consistente: "O ether pode repetir o que aconteceu no meio do ano passado, quando caiu para a faixa de US$ 1,7 mil. Uma vez que as posições compradas alavancadas mais fracas foram liquidadas, o resultado foi uma nova máxima de US$ 4,8 mil em novembro. O ether atingir o fundo do seu range tem mais riscos para quem está vendido do que para quem está comprado".
O texto afirma ainda que as eleições para o Congresso americano, em novembro, e um possível conflito no leste europeu podem colocar o bitcoin em vantagem em relação a outros ativos de investimento. E complementa: "Bitcoin e Ethereum permanecem em seus primeiros dias de adoção, com demanda crescente, oferta em declínio e implicações de preços relacionadas. Nosso viés é por que complicar? A menos que algo improvável reverta a proliferação da tecnologia nascente, os preços devem subir".
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