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“Bitcoin pode chegar a US$ 100 mil, é questão de tempo”, diz especialista do BTG

Cenário atual envolve uma série de boas perspectivas para os ativos de risco como as criptomoedas; entenda

(Reprodução/Reprodução)
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 30 de julho de 2024 às 11h42.

Última atualização em 30 de julho de 2024 às 11h47.

Nesta terça-feira, 30, o bitcoin e as principais criptomoedas iniciam o dia sendo negociados no vermelho. No entanto, as perspectivas ainda são otimistas para a classe de ativos digitais graças aos desdobramentos das eleições norte-americanas e a expectativa por cortes na taxa de juros dos EUA.

No momento, o bitcoin é cotado a US$ 66.127, com queda de 3,7% nas últimas 24 horas, de acordo com dados do CoinMarketCap. A criptomoeda que vinha em um movimento ascendente após o discurso de Donald Trump em um evento focado em bitcoin, agora recua.

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No último final de semana, Donald Trump participou do evento Bitcoin Conference nos Estados Unidos, onde cobrou cerca de R$ 300 mil por fotos. Em seu discurso, afirmou que não venderia as reservas de bitcoin do governo e as utilizaria como uma reserva estratégia no país. Também prometeu demitir Gary Gensler, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) que tem levado a regulação da classe de ativos sob “mão de ferro”, entre outras perspectivas favoráveis para as criptomoedas.

Apesar disso, ainda é incerto se eleito, Donald Trump irá de fato cumprir essas promessas de campanha. Por outro lado, Kamala Harris, candidata rival que substituiu o atual presidente Joe Biden na corrida eleitoral, sinaliza uma aproximação com o setor.

Já em relação ao cenário macroeconômico e a política monetária dos Estados Unidos, que há anos vem impactando a cotação do bitcoin e das principais criptomoedas, as perspectivas também são positivas.

Lucas Josa, especialista em criptoativos do BTG Pactual, disse no programa Morning Call Crypto desta terça-feira, 30, que este mês um corte na taxa de juros é improvável, mas as chances se concentram para o mês de setembro. Cortes na taxa de juros dos EUA historicamente favorecem o apetite ao risco de investidores e a classe de ativos digitais.

O bitcoin pode chegar a US$ 100 mil?

“O bitcoin pode sim chegar a US$ 100 mil. Está entrando bastante fluxo, principalmente via ETFs. O grande ponto é que a alavancagem é um momento que o mercado à vista não consegue acompanhar. O mercado se alavancou muito de domingo para segunda-feira. O principal fluxo que a gente vê hoje no mercado à vista está vindo desses ETFs. Então em um momento que o mercado à vista não acompanha muito, esse open interest descola bastante e começamos a ver muito mais prêmio em futuro do que mercado à vista, pode ser que isso aconteça nesse momento, mas tem bastante demanda pelo bitcoin”, comentou Josa durante o Morning Call Crypto da Mynt, disponível na íntegra no Youtube.

“Lembrando que o bitcoin também é um ativo de risco, então quando a gente começar a ver cortes na taxa de juros o mercado de ativos de risco como um todo vai mudar e pode ser que as coisas mudem bastante e o bitcoin acelere muito. Toda a perspectiva de trazer o bitcoin como ativo de reserva estratégica para um país de potência mundial como os EUA também pode acelerar muito essa narrativa. Então na minha opinião vai acabar batendo US$ 100 mil, a questão é só de tempo mesmo”, concluiu o especialista.

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