Future of Money

Bitcoin passa de US$ 65.000 e quebra novo recorde de preço após seis meses

Depois de 189 dias e uma queda de mais de 50% no caminho, criptomoeda atinge US$ 65.550 e volta a quebrar recorde de preço após notícias sobre ETFs de bitcoin no EUA

 (SOPA Images/Getty Images)

(SOPA Images/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 20 de outubro de 2021 às 10h45.

Última atualização em 20 de outubro de 2021 às 10h46.

Depois de cerca de 6 meses, ou exatos 189 dias, o bitcoin voltou a registrar o maior preço da sua história. Ao bater 65.550 dólares na manhã desta quarta-feira, 20, a criptomoeda superou a marca de 14 de abril, quando chegou a 64.863 dólares.

A jornada do preço do bitcoin em 2021, como em toda sua história, foi de altos e baixos. Depois de começar o ano cotada pouco abaixo de 30.000 dólares, a criptomoeda viveu intenso movimento de alta até o recorde de abril. Depois, em maio, despencou, chegando a perder mais de 50% do valor. Após "andar de lado" por cerca de três meses, voltou a subir em agosto, em movimento que se intensificou em setembro até a alta atual.

Esse movimento mais amplo desde agosto se deu por uma série de razões: notícias positivas sobre regulamentação nos principais mercados do mundo, aumento da adoção institucional, expansão no uso da tecnologia blockchain e a comprovação de que a nova pressão do governo chinês contra o setor não teve nenhum efeito negativo concreto.

Mais recentemente, nesse impulso final para o novo recorde de preço, a aprovação do primeiro ETF de criptoativos nos EUA, que é o maior mercado para esse tipo de produto financeiro no mundo, foi o empurrão que faltava para a criptomoeda deixar os dias de estagnação e dúvidas para trás.

"A nova máxima histórica representa uma consolidação da tese do bitcoin no longo prazo e que as objeções apresentadas nos últimos meses, responsáveis pela correção de maio estão sendo endereçadas de uma maneira correta, a ponto de aumentar o otimismo dos investidores. Nesse sentido, vale destacar a migração do poder computacional da China para outros países mais amigáveis à atividade de mineração limpa, que foi muito positiva para um maior direcionamento regulatório por parte das autarquias do maior mercado de capitais do mundo", explicou Nicholas Sacchi, head de Research do setor de Digital Assets do BTG Pactual.

Apesar do ETF recém-aprovado nos EUA, onde é negociado sob o ticker BITO, investir em contratos futuros de bitcoin, que tem menos apelo no mercado do que o aguardado ETF de bitcoin no mercado à vista - como os disponíveis na bolsa de valores brasileira -, o produto movimentou cifras bilionárias em sua estreia e ajudou a fortalecer a alta da criptomoeda.

"Mesmo não sendo um ETF diretamente no bitcoin, a aprovação do BITO mais um passo importante no amadurecimento da indústria. Vai facilitar o acesso a bitcoin para clientes que não querem interagir diretamente com exchanges de cripto", comentou André Portilho, head de Digital Assets do mesmo banco.

O preço do bitcoin chega a um novo recorde de preço após alta de 5% nas últimas 24 horas. Nos últimos 30 dias, a criptomoeda acumula ganhos de quase 48% e, no ano, de mais de 120%. Se a referência for de 12 meses, o número é ainda maior. Cotado a 12.000 dólares em outubro de 2020, a criptomoeda subiu cerca de 450% desde então.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptoativosCriptomoedas

Mais de Future of Money

Bitcoin: será que já chegamos ao topo?

Inteligência artificial generativa e tokenização: o futuro da propriedade intelectual

Stablecoins: o dólar digital sem fronteiras?

ETFs de cripto: entendendo a tese de investimento em ativos digitais para 2025