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Bitcoin tem recordes consecutivos e pode chegar a US$ 110 mil com impulso de Trump e MicroStrategy

Criptomoeda atingiu nova máxima de preço após declarações de Donald Trump, mas investidores estão no aguardo de decisão de juros do Fed

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 12h30.

Última atualização em 16 de dezembro de 2024 às 12h32.

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O bitcoin bateu um novo recorde de preço nesta segunda-feira, 16, horas depois de chegar a uma máxima na casa dos US$ 106 mil. A criptomoeda mantém o seu atual ciclo de alta e ganhou novo fôlego após declarações do presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump e de um anúncio envolvendo a empresa MicroStrategy.

Dados da plataforma CoinGecko apontam que, no acumulado das últimas 24 horas até as 12h28 desta segunda-feira, o bitcoin acumula uma alta de 3,5%, cotado em US$ 106,4 mil, levemente acima do recorde firmado em US$ 106,3 mil no último domingo, 15. Já o ether tem valorização de 1,2%, cotado em US$ 3.944. No mesmo período, o mercado de criptomoedas acumula leve queda, de 0,1%.

Analistas atribuem a nova alta da criptomoeda à confirmação por Donald Trump da sua intenção de criar uma reserva estratégica de bitcoin nos Estados Unidos. O presidente eleito não deu muitos detalhes sobre o plano, mas indicou que a reserva deverá ser semelhante à atual reserva estratégica de petróleo.

Além disso, investidores também receberam com otimismo o anúncio de inclusão da MicroStrategy no Nasdaq 100, um dos principais índices da bolsa de valores que concentra ações de tecnologia nos Estados Unidos. A empresa é a maior detentora institucional de bitcoin no momento.

Apesar do cenário positivo, Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, destaca que "há certo teor de cautela entre os investidores, pois na próxima quarta-feira, 18, haverá a decisão de juros do Fed, com uma possibilidade que não pode ser descartada: esse pode ser o último corte na taxa de juros dos EUA – o que pode impactar o apetite por ativos de risco, incluindo o bitcoin e as demais criptos".

"As decisões na política monetária dos EUA podem influenciar em partes a volatilidade do mercado. Mas, mesmo assim, há diversos outros motivos políticos, econômicos e principalmente ligados à tecnologia do bitcoin que estarão em evidência e que são suficientes para renovar o otimismo do mercado cripto ao longo do próximo ano", destaca.

Na visão da analista, a criptomoeda poderá chegar à casa dos US$ 110 mil caso haja uma manutenção da atual força compradora em torno do ativo. A tendência, porém, é que ocorra uma correção de preços e realização de lucros caso a criptomoeda chegue nesse patamar.

Nesse caso, a analista explica que o bitcoin poderia chegar a suportes de preço no curto prazo na casa dos US$ 99,2 mil ou até US$ 85,9 mil, dependendo da intensidade desse movimento. No médio e longo prazo, porém, o cenário ainda é favorável para o ativo.

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