Bitcoin a US$ 200 mil e recordes de Ethereum e Solana: as previsões de gestora para 2025
Gestora Bitwise divulga projeções para 2025 e destaca que 2024 foi "um ano monumental para as criptomoedas"
Repórter do Future of Money
Publicado em 26 de dezembro de 2024 às 12h00.
A gestora Bitwise divulgou recentemente as suas 10 previsões para o ano de 2025. Mostrando otimismo, a empresa acredita que o próximo ano deverá intensificar uma série de tendências observadas em 2024, o que tende a manter um ciclo de alta das criptomoedas .
A visão da gestora é que 2024 foi um "ano monumental para as criptomoedas", com novos recordes de preço, o lançamento de ETFs populares nos Estados Unidos e a vitória de políticos favoráveis ao setor nas eleições dos Estados Unidos, incluindo a vitória de Donald Trump.
Para 2025, a Bitwise "projeta coisas ainda mais brilhante", avaliando que o ano "deverá gerar uma nova Era de Ouro para as criptomoedas".
Recordes do bitcoin, ether e SOL
A primeira previsão da Bitwise é que o bitcoin, o ether e a SOL deverão bater novos recordes de preço em 2025.
No caso do bitcoin, a gestora espera que a criptomoeda dobre de valor e chegue em US$ 200 mil, após superar os US$ 100 mil neste ano e bater uma sequência de recordes. A expectativa é que o ativo siga atraindo investimentos institucionais, impulsionando seu valor.
Já no caso do ether, a expectativa é que a criptomoeda da Ethereum chegue aos US$ 7 mil após lutar em 2024 para superar os US$ 4 mil, também devido a uma tendência de investimentos institucionais.
Chamada pela Bitwise de "fênix" do mercado cripto, a SOL é a criptomoeda com maior potencial de ganho entre as três. A projeção é que ela chegue nos US$ 750, contra os US$ 220 atuais, a depender do crescimento da Solana nos próximos meses.
ETFs de bitcoin superam 2024
Lançados em janeiro de 2024, os ETFs de bitcoin foram um dos principais destaques positivos do mercado cripto no ano e estão entre os grandes responsáveis pela forte alta da criptomoeda nos últimos meses.
E a expectativa da Bitwise é que essa boa performance vai continuar em 2025 e ganhar ainda mais tração, se baseando no desempenho dos ETFs de ouro após o lançamento. Se isso se concretizar, os fundos tendem a ajudar na valorização da criptomoeda.
Coinbase ultrapassa Charles Schwab
A Coinbase se tornou a corretora mais usadas pelas gestoras para realizar a custódia de criptomoedas de ETFs de bitcoin e de ether nos Estados Unidos. A expectativa da Bitwise é que esse movimento ganhará força em 2025, o que fará com que a empresa supere a Charles Schwab como a maior intermediadora do mundo.
Além dos ETFs, serviços de staking, com stablecoins e envolvendo o blockchain próprio Base também deverão contribuir para a marca. Caso isso ocorra, a Bitwise avalia que as ações da empresa teriam potencial para dar um salto, chegando à casa dos US$ 700.
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IPOs de cripto
A Bitwise acredita que 2025 será o "ano dos IPOs de cripto", com ao menos cinco "unicórnios" do setor - ou seja, startups que valem mais de US$ 1 bilhão - realizando ofertas públicas iniciais de ações nas bolsas dos Estados Unidos.
A gestora acredita que a Circle - emissora da stablecoin USDC, a corretora Kraken, a empresa de tecnologia blockchain Figure, a empresa de infraestrutura cripto Anchorage e a empresa de análises de blockchain Chainalysis deverão realizar as operações ao longo do próximo ano.
Criptomoedas meme e IA
Apesar das criptomoedas meme terem voltado a explodir em 2024, a Bitwise acredita que uma nova onda de memecoins ainda maior deverá ocorrer no próximo ano. O motivo? O avanço da inteligência artificial, mais especificamente os agentes de IA.
A empresa avalia que esse tipo de IA, capaz de realizar uma série de ações de forma autônoma, deverá ganhar espaço no mercado. Com isso, eles serão cada vez mais usados para gerar criptomoedas meme de forma rápida e fácil, inundando o mercado com esses ativos.
Países com bitcoin
A Bitwise projeta também que o número de países que acumulam bitcoins deverá dobrar em 2025. A gestora avalia que é "possível" que os Estados Unidos criem uma reserva estratégica da criptomoeda, mas não há nenhuma garantia.
Mesmo que isso não ocorra, porém, a empresa afirma que apenas as discussões sobre o tema já incentivarão países a comprarem bitcoin e acumularem algum tipo de reserva, o que deverá aumentar a demanda pela criptomoeda no próximo ano.
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Cripto em índices de bolsas
Outra previsão da Bitwise é que as fortes altas de empresas de criptomoedas nas bolsas dos Estados Unidos devido ao ciclo de alta do setor deverão colocar os papéis dessas companhias em alguns dos principais índices das bolsas dos Estados Unidos.
A MicroStrategy, por exemplo, já foi incluída no Nasdaq 100, e a expectativa da gestora é que a Coinbase entrará no S&P 500. Se isso ocorrer, a exposição do mercado financeiro tradicional a cripto aumentará significativamente.
Governo dos EUA
Ainda dentro das possíveis mudanças que o governo de Donald Trump poderá implementar, a Bitwise espera que o Departamento do Trabalho do país vai afrouxar regras que hoje desincentivam a inclusão de investimentos em cripto em planos de aposentadoria.
Se isso ocorrer, a gestora acredita que "bilhões" em investimentos desses fundos de previdência poderiam ser destinados para o bitcoin. A mudança seria simples de ser executada, sem precisar de aprovação do Congresso.
Stablecoins
Sobre as stablecoins - criptomoedas pareadas a outros ativos -, a previsão da Bitwise é que o segmento deverá dobrar de valor e chegar aos US$ 400 bilhões de capitalização. Em 2024, o grupo de ativos c hegou em US$ 200 bilhões pela primeira vez.
Para isso ocorrer, porém, a gestora afirma que será preciso que os Estados Unidos aprovem um projeto de regulação de stablecoins que seria positivo para o segmento.
Tokenização
Já com relação à tokenização, a Bitwise espera que a prática cai nas graças do mercado financeiro, em especial em Wall Street. A expansão de operações lideradas por empresas tradicionais poderia levar o segmento a superar os US$ 50 bilhões em ativos tokenizados.
Com a marca atingida, a gestora diz ainda que o segmento poderia ter um "crescimento exponencial', conforme títulos do Tesouro, commodities, ações e crédito privado migrem para blockchain. Hoje, o mercado já tokenizou US$ 13 bilhões em ativos.