Bilionário do Shark Tank diz que Ethereum é lento e prevê concorrência
Kevin O'Leary criticou lentidão na rede Ethereum e afirmou que novos blockchain concorrentes devem aparecer; ele também citou otimismo com DeFi e o bitcoin
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 13 de setembro de 2021 às 18h49.
O bilionário Kevin O'Leary, que apresenta o programa "Shark Tank" nos Estados Unidos, detonou o Ethereum em sua mais recente entrevista ao canal de televisão norte-americano CNBC, nesta segunda-feira, 13
O'Leary é um entusiasta do mercado de criptoativos e já falou ser um investidor de bitcoin, mas desta vez fez duras críticas à segunda maior criptomoeda do mundo, da qual afirmou ser usuário, em especial questões relacionadas aos seus problemas de escalabilidade.
"Eu acho o Ethereum, como um usuário, muito lento. E, por isso, outras redes vão começar a aparecer", afirmou. Recentemente, redes como Cardano e Solana viram suas criptomoedas nativas ADA e SOL dispararem após esses blockchains se consolidarem como os principais "concorrentes" do Ethereum.
O'Leary ainda ressaltou que está otimista em relação à indústria das finanças descentralizadas (DeFi), aplicações que justamente se popularizaram na rede Ethereum. O volume de transações no blockchain aumentou consideravelmente com o crescimento do setor, tornando as operações na rede Ethereum lentas e caras. O investidor, escritor e empresário reforçou, entretanto, que o mercado de criptoativos "é muito mais amplo do que as duas maiores criptomoedas", em referência ao bitcoin e ao ether.
O canadense também falou que as criptomoedas ainda não são consideradas um ativo institucional, mas que acredita que o bitcoin conquistará esse status em breve. Ele pediu clareza regulatória e cumprimento às regras de compliance pelos participantes do mercado: "Não quero me envolver em cripto se o regulador disser que isso não está tudo bem. Não posso me dar ao luxo de correr esse risco. Não posso me dar ao luxo de não cumprir as regras".
Por último, Kevin O'Leary afirmou que o mercado cripto pode estar diante de uma oportunidade gigantesca caso a SEC, espécie de CVM dos EUA, aprovar a listagem de um ETF de criptoativos no país: "Eu imagino que haveria mais 1 trilhão de dólares em compras de bitcoin", disse, em referência ao valor de mercado do ativo digital, que já esteve acima desse valor - no momento, o market cap do bitcoin é de 845 bilhões de dólares.
Caso a previsão se confirme, isso significa que, para ele, o preço do bitcoin pode mais do que dobrar após a aprovação de um ETF de bitcoin nos EUA - algo que é aguardado há anos pelos entusiastas dos criptoativos, devido à capacidade desse tipo de produto de investimento de acelerar a adoção dos criptoativos.
No início de 2021, Kevin O'Leary já tinha se manifestado sobre o mercado de criptoativos, reclamando do consumo energético da rede bitcoin e dizendo que as criptomoedas mineradas na china eram "moedas de sangue ". Depois de dizer que só voltaria a comprar bitcoin quando tivesse como ter certeza que os ativos digitais tinham sido minerados com uso de energias limpas, ele afirmou que a mineração sustentável poderia impulsionar o preço do bitcoin.
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