Future of Money

Banco Central anuncia mudança de nome do Real Digital para Drex; entenda

Presidente da autarquia já havia comentado planos para mudar o nome oficial do projeto, previsto para ser lançado em 2024

Drex tem previsão de lançamento para o público no fim de 2024 (Reprodução/Reprodução)

Drex tem previsão de lançamento para o público no fim de 2024 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 7 de agosto de 2023 às 15h02.

Última atualização em 7 de agosto de 2023 às 18h17.

O Banco Central anunciou nesta segunda-feira, 7, que definiu o nome oficial de seu projeto de moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês). Ao invés de Real Digital, como a iniciativa era chamada até esta semana, o projeto passará a ser nomeado Drex. Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, já havia falado sobre a mudança de nome em junho.

Em comunicado, o Banco Central destacou que o Drex "está chegando para facilitar a vida dos brasileiros". "A solução, anteriormente referida por Real Digital, propiciará um ambiente seguro e regulado para a geração de novos negócios e o acesso mais democrático aos benefícios da digitalização da economia a cidadãos e empreendedores", destaca o anúncio.

De acordo com a autarquia, o novo nome é uma "combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: 'd' e 'r' fazem alusão ao Real Digital. O 'e' vem de eletrônico e o 'x' passa a ideia de modernidade e de conexão, do uso de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology – DLT), tecnologia adotada para o Drex, dando continuidade à família de soluções do BC iniciada com o Pix".

O que é o Drex?

O Drex, antigo Real Digital, é versão digitalizada do real e gerada em uma rede blockchain, ou seja, é uma combinação entre a economia tradicional e a economia cripto, mais especificamente a tokenizada. A classificação técnica do projeto é de uma moeda digital de banco central, ou CBDC na sigla em inglês. Atualmente, existem quatro em funcionamento no mundo, com dezenas em desenvolvimento.

O responsável pelo desenvolvimento do projeto é o Banco Central. Em certa medida, ele se assemelha às chamadas stablecoins, criptomoedas que são pareadas a outro ativo, como o ouro e o dólar, e por isso podem ser usadas e negociadas como se fossem representações virtuais de uma moeda fiduciária ou de uma commodity.

A principal diferença entre uma stablecoin e uma CBDC, como o Drex, é que ela conta com a emissão e garantia de paridade por uma autoridade central e do governo, no caso um banco central. Ou seja, há uma garantia que 1 Drex sempre será equivalente a R$ 1, por meio das próprias reservas e emissões realizadas pela autarquia.

  • Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.  

Quais os próximos passos do Drex?

Atualmente, o Drex está na segunda fase de seu projeto de desenvolvimento, com o teste de um piloto da CBDC aplicada em um caso de uso prático. O Banco Central anunciou as 16 propostas de empresas do setor financeiro selecionadas para essa fase. Elas já foram integradas na plataforma de testes e a previsão é que essa fase termine no primeiro trimestre de 2024.

No piloto, serão testados elementos como a segurança do projeto, a escalabilidade da rede blockchain escolhida para o projeto e a privacidade de dados dos usuários. Caso não ocorram problemas significativos, a expectativa do Banco Central é lançar o Drex, antigo Real Digital, até o fim de 2024.

yt thumbnail

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:Drex (Real Digital)Banco Central

Mais de Future of Money

Ideias a preço de banana e vice-versa

Nada de bitcoins, a bola da vez são as altcoins

Lefosse: regulação de stablecoins "dificilmente agradará a todos" e segregação não deve sair em 2025

BlackRock diz que alocação de 1% a 2% para bitcoin em portfólios é "razoável"