Além da tokenização e DeFi, estão inclusos créditos de carbono, soluções para fintechs, neobanks, energia, crowdfunding e pagamentos (Jirapong Manustrong/Getty Images)
Cointelegraph Brasil
Publicado em 17 de maio de 2022 às 14h35.
A B3, Bolsa de Valores do Brasil, anunciou na última segunda-feira, 16, o lançamento de um fundo de investimento de R$ 600 milhões em um ecossistema de inovação e empreendedorismo com foco em novas tecnologias. O L4 Venture Builder, nome do fundo, será liderada pelo executivo Pedro Meduna e receberá recursos da B3 para seleção de projetos em que a bolsa será societária.
De acordo com o comunicado, tokenização de ativos, finanças descentralizadas (DeFi), créditos de carbono, soluções para fintechs, neobanks, energia, crowdfunding e pagamentos estão entre os setores com potencial para recebimento de aportes, o que dependerá ainda de aprovação por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No que diz respeito aos formatos de gestão, a L4 Venture Builder poderá investir em novos negócios por meio de montagem de equipe inicial nova (Greenfield), assumir equipes em fases iniciais de operações (acqui-horing) ou ainda adquirir o controle (M&A) ou participações minoritárias (venture capital) em empresa já em operação, segundo informações da página oficial da empresa.
"A L4 Venture Builder funcionará como uma estrutura independente, com formato flexível para desenvolver seus negócios, podendo, inclusive, atuar em áreas nas quais a B3 já trabalha. A ideia é que o fundo invista em Venture Building ao longo dos próximos 5 anos e que o primeiro investimento em startups aconteça ainda neste ano", esclareceu o CEO da B3, Gilson Finkelsztain.
Segundo a B3, a criação da L4 Venture Buider dá continuidade à estratégia de inovação da bolsa em seu negócio principal e de crescimento em outras frentes, o que se soma ao portfólio de novos negócios em andamento.
Um exemplo é a iniciativa de Digital Assets (ativos digitais), liderada pelo diretor administrativo para trading, financiamentos e sistemas corporativos, Jochen Mielke, e de Desenvolvimento de Produtos e Serviços para Middle e Back office, sob a responsabilidade do diretor administrativo para soluções de middle e back office do mercado, Paulo D’Angelo.
Esse novo fundo nasce com a visão de acelerar ainda mais a inovação que já ocorre dentro da B3, demonstrando que a companhia leva a sério o desafio de antecipar tendências e oferecer ótimas soluções para o mercado. Espero que a L4 Venture Builder consiga somar cadência e força a essa trajetória, em um momento em que o mundo passa por tantas transformações oriundas de novas tecnologias, explicou o vice-presidente de Produtos e Clientes da B3, Juca Andrade.
Em relação a Pedro Meduna, o CEO da L4 Venture Builder iniciou sua carreira como consultor estratégico na Bain e investimento em Private Equity na TMG Capital. Recentemente, ele empreendeu diferentes negócios em setores como mobilidade, serviços financeiros e material de construção, área em que atuou como cofundador ou como parte do time executivo de empresas como Tripda (Rocket Internet e Insight Venture Partners), Cabify (Rakuten) e Juntos Somos Mais (Votorantim, Gerdau e Tigre).
"Há muito tempo me inspiro na B3 como um caso único de empresa que está sempre se reinventando e servindo cada vez melhor ao nosso país e ao nosso mercado de capitais, disse o executivo."
Em outra frente a B3 também anunciou que lancará em, no máximo, seis meses seu primeiro produto oficial de negociações em bitcoin, o mercado futuro.
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