Blackrock é a maior gestora do mundo (Shannon Stapleton/Reuters)
A maior gestora do mundo está entrando para o mundo dos criptoativos. Apenas uma semana depois de anunciar uma parceria com a corretora de criptomoedas Coinbase, a BlackRock lança nesta quinta-feira, 11, um fundo privado de bitcoin para investidores institucionais norte-americanos.
Com aproximadamente US$ 9 trilhões sob gestão, a BlackRock vinha pesquisando o mercado de criptoativos desde o início de 2022.
Em março, o CEO Larry Fink, disse que a empresa estava explorando maneiras de oferecer ativos digitais a seus clientes, confirmando que os investidores institucionais continuavam interessados na indústria cripto mesmo em meio à baixa significativa do mercado, que fez com que o preço das principais criptomoedas caísse mais de 70%.
O fundo de investimento em bitcoin é o primeiro da BlackRock com exposição direta à maior criptomoeda do mundo, e busca acompanhar o desempenho do bitcoin no mercado à vista.
“Apesar da forte desaceleração no mercado de ativos digitais, ainda estamos vendo um interesse substancial de alguns clientes institucionais em como acessar esses ativos de maneira eficiente e econômica usando nossa tecnologia e recursos de produtos”, afirmou uma publicação no site da gestora.
Além disso, a gestora anunciou na última semana uma parceria com a Coinbase, a terceira maior corretora de criptomoedas do mundo. A intenção de ambas as empresas é oferecer aos clientes institucionais o acesso a criptoativos por meio do software de gerenciamento de portfólio da gestora, chamado Aladdin. Inicialmente, o projeto se aplica ao bitcoin.
As iniciativas da BlackRock no setor de criptoativos este ano sinalizam uma mudança de opinião da gestora sobre a demanda pela classe de ativos. Em 2021, Larry Fink chegou a dizer que observava pouca demanda por ativos digitais, de acordo com o The Block.
Menos de um ano depois, a gestora promove a exposição direta e indireta ao bitcoin por meio do mercado à vista e de futuros, e estuda a fundo a tecnologia. De acordo com a BlackRock, foram realizadas pesquisas sobre blockchain, stablecoins, criptoativos e tokenização.
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