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Análise: criptos se beneficiam da desvalorização do dólar e bitcoin volta a rondar US$ 28 mil

Enfraquecimento da moeda norte-americana e valorização do índice S&P 500 ajudaram a cotação de ativos de risco a subir

 (Reprodução/Reprodução)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 20 de junho de 2023 às 16h58.

Por Lucas Costa*

O bitcoin tem duas semanas consecutivas de alta e volta a trabalhar perto dos US$ 28.000. O movimento de enfraquecimento do dólar e valorização do S&P 500 no início de junho provocaram uma valorização na maior parte dos ativos de risco e as criptos se beneficiaram desse cenário, com alta de mais de 7% do bitcoin.

O S&P500 tem tendência de alta e rompeu o topo dos 4.252, trazendo um aumento da pressão compradora. As médias móveis de 21 e 50 períodos tem cruzamento de alta e observamos um price action positivo para o índice, com formação de máximas e mínimas mais altas que as anteriores.

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A região dos 4.500 é uma resistência importante e seu rompimento pode levar ao teste do topo de março de 2022 em 4.750. Na perspectiva do câmbio, tivemos um movimento de recuo do dólar após a falha de rompimento do topo anterior em 104.650, iniciando uma lateralidade ampla entre 101.170 e 105,215. O bitcoin, por ser cotado em dólar, tem uma relação inversa com o DXY, o que pode explicar os movimentos recentes.

(TradingView)

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O bitcoin fez um movimento de alta brusco, após ter testado suportes relevantes. O movimento de correção que acompanhamos desde o último teste dos US$ 30.000 perdeu força quando o criptoativo testou o suporte em R$ 25.000.

A região citada atuou anteriormente como uma resistência (topo de agosto de 2022 e fevereiro de 2023) e agora ofereceu suporte (princípio da troca de polaridade entre suportes e resistências), provocando uma rejeição forte desse nível de preço. O estudo do gráfico semanal permite observar que o movimento de correção anterior parece ter sido um teste na média móvel de 21 períodos.

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O gráfico de 60 minutos mostra em detalhes o movimento de reversão que começou no dia 16 de junho. O preço acionou um pivô de alta em R$ 25.650 e tivemos cruzamento das médias móveis de 21 e 50 períodos.

As próximas resistências são os topos anteriores em US$ 28.300 e US$ 29.800, regiões que apresentaram aumento da pressão vendedora nos testes anteriores. Os suportes de curto prazo são US$ 27.120 e US$ 26.720.

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O ether, criptomoeda nativa da rede Ethereum, tem movimento de preço bastante parecido que o bitcoin, mas esperávamos uma alta mais expressiva, dado o histórico de maior volatilidade do ether.

O preço encontrou suporte na média móvel de 200 dias em US$ 1.650 e deve testar a média móvel de 50 dias em US$ 1.820 nos próximos dias. A próxima resistência é o topo anterior em US$ 2.020 e seu rompimento pode levar ao teste das projeções de Fibonacci em US$ 2.500 (141,4%) e US$ 2.725 (161,8%).

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*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.

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