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4 tendências do mercado cripto, segundo uma das maiores empresas do setor

A empresa de análise em blockchain Chainalysis revela quais serão, na opinião de seus especialistas, as principais tendências do mercado de criptoativos

NFTs, DeFi, regulação, segurança e um "superapp" foram os principais temas (EDUARD MUZHEVSKYI / SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

NFTs, DeFi, regulação, segurança e um "superapp" foram os principais temas (EDUARD MUZHEVSKYI / SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

Nos últimos anos, a adoção dos criptoativos bate recorde após recorde em todo o mundo. Cada vez mais, palavras como criptomoedas, NFTs e DeFi viram assunto de nomes mundiais importantes, como políticos e grandes empresas. Para embarcar ainda mais no tema, especialistas da Chainalysis, uma das maiores empresas de análise em blockchain, identificaram as quatro principais tendências e mudanças que o ecossistema pode enfrentar em 2022.

O mercado de NFTs vai continuar a evoluir

Os tokens não-fungíveis foram um dos principais destaques durante a pandemia do coronavírus, e em conjunto com as criptomoedas, possibilitaram a existência de todo um metaverso. Segundo a Chainalysis, os NFTs são ativos digitais que representam uma nova relação comercial, pois são únicos e não são consumidos quando utilizados, nem substituídos por outros. Movimentando mais de 40 bilhões de dólares em 2021, este mercado tem potencial para ir muito além.

(Mynt/Divulgação)

Ethan McMahon, economista da Chainalysis, analisou de perto a atividade do mercado de NFTs e acredita que este é apenas o primeiro passo de muitos à medida que novas tecnologias são criadas. "Prevemos que o mercado de NFTs continuará a evoluir no próximo ano, à medida que mais artistas, criadores de conteúdo, celebridades e até mesmo fabricantes de videogames lançarem coleções destinadas a seus fãs, juntamente com muitos outros casos de uso que ainda não foram inventados”, afirmou McMahon.

A criação de um “superapp” está próxima

Com a popularização do setor de finanças descentralizadas (DeFi), os usuários ainda enfrentam um desafio, segundo a Chainalysis: a falta de um sistema centralizado onde possam interagir com mais facilidade. A experiência do usuário é um tema muito debatido no setor, e empresas envolvidas já trabalham no desenvolvimento de soluções.

"Em 2021, DeFi e NFT demonstraram que se pode fazer mais com criptomoedas do que simplesmente investir. No entanto, estes casos de usuários só estão disponíveis fora dos serviços de consumo mainstream. Uma das principais lições da Web 2.0 foi que os consumidores adoram plataformas, e eu não acho que isso vai mudar para a Web 3.0. Atualmente, não há nenhuma plataforma de criptomoeda que possua o relacionamento com o cliente e leve em conta os fornecedores”, apontou Philip Gradwell, economista chefe da Chainalysis. Para o especialista, quem for o primeiro a criar este “superapp” terá vantagens frente à concorrência e poderá se estabelecer em uma posição privilegiada no mercado.

Os governos se adaptarão às criptomoedas de forma gradual

A criação e adoção cada vez maior das criptomoedas pegou a todos os governos de surpresa, e muitos ainda não adaptaram suas leis para regular o setor de forma satisfatória. No entanto, países em todo o mundo já estudam a tecnologia blockchain e sua aplicabilidade. No Brasil, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou um projeto de lei que trata das operações em criptomoedas. Nos EUA, o presidente Joe Biden assinou uma ordem executiva inédita no país para regular o setor, e países em todo o mundo trabalham sua abordagem aos criptoativos.

Salman Banaei, chefe de políticas públicas da Chainalysis acredita que tal movimento pode se fortalecer ainda mais ao longo de 2022, trazendo uma clareza regulatória há muito necessária para o setor. “Embora eu não veja uma estrutura regulatória em vigor até o final de 2022, acredito que haverá novos projetos de lei, audiências e discussões construtivas sobre ativos digitais que definirão o palco para um 2023 com maior clareza dentro do setor em todo o mundo”, disse.

(Mynt/Divulgação)

As criptomoedas serão essenciais em investigações criminais

Baseando-se em dados de seu notável relatório sobre crimes cibernéticos envolvendo criptomoedas, a Chainalysis acredita que muito em breve, elas serão essenciais para investigações criminais. De acordo com o Crypto Crime Report de 2022, os crimes envolvendo criptomoedas bateram um novo recorde roubos, recebendo US$ 14 bilhões via endereços ilícitos.

No entanto, a empresa nota que apenas 0,15% das transações usando a tecnologia blockchain estão relacionadas a crimes. Por isso, Gurvais Grigg, diretor de tecnologia na Chainalysis, está otimista que o investimento em cibersegurança por parte de empresas irá aumentar. "Atividades ilícitas desta natureza estão aqui para ficar. Mas, se a adoção global da criptomoeda continuar a evoluir, a educação para a aplicação da lei melhorar e o investimento em cibersegurança corporativa aumentar, a criptomoeda logo será reconhecida como uma ferramenta inestimável, não um obstáculo, para nos ajudar a derrubar os criminosos”, afirmou.

A Chainalysis é uma empresa do universo dos criptoativos que trabalha ativamente na construção de confiança e identificação de crimes cibernéticos. A empresa de análise busca criar transparência e permitir que bancos, empresas e governos tenham um compreensão de como as pessoas usam criptomoedas. Há anos se destacando por seu relatório de crimes envolvendo criptomoedas, a empresa afirma não ter dúvidas de que as criptomoedas vieram para ficar.

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