São Silvestre: corrida atravessou gerações e se tornou símbolo do esporte (ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/Estadão Conteúdo)
Redação Exame
Publicado em 30 de dezembro de 2025 às 12h01.
A Corrida Internacional de São Silvestre completa 100 anos em 2025, sendo a prova de rua mais tradicional do Brasil e da América Latina. A primeira edição aconteceu em 31 de dezembro de 1925, na cidade de São Paulo, quando 146 corredores saíram às ruas para correr nas últimas horas do ano.
A ideia de criar a prova surgiu com o jornalista Cásper Líbero, que se inspirou em uma corrida noturna que viu na Europa e decidiu organizar algo semelhante no Brasil para celebrar o fim do ano. Com o passar das décadas, a São Silvestre cresceu e se tornou um evento de alcance internacional, atraindo corredores de muitos países.
Ao longo da história, a prova passou por mudanças no percurso e no número de participantes. A distância hoje é de 15 quilômetros, e a corrida sempre foi realizada no dia 31 de dezembro, abrindo caminho para a chegada do ano novo nas ruas de São Paulo.
Veja algumas curiosidades sobre a corrida separadas pelo site GE:
A participação feminina só foi permitida oficialmente a partir de 1975. Nessa edição, corredoras mulheres representavam só 6% dos inscritos. Desde então o número de mulheres na corrida cresceu gradualmente. Em 2025, 47% dos inscritos — cerca de 25.800 são mulheres —, um recorde na história da prova.
Neste centenário, a corrida bate recordes de inscrições, com mais de 50 mil corredores entre profissionais e amadores, mostrando o grande interesse de atletas de diferentes níveis.
No ranking de vencedores, o Brasil lidera em número de títulos masculinos, mas vive um longo jejum de vitórias, com a última conquista ocorrendo em 2010. Na prova feminina, a maior campeã da história é a portuguesa Rosa Mota, com seis vitórias, e as atletas do Quênia dominam o número de títulos no feminino.
No masculino, o Brasil tem 29 títulos de São Silvestre, enquanto o Quênia tem 19 e a Etiópia, sete. Os maiores campeões do Brasil são Joaquim Gonçalves da Silva (1942, 1943 e 1944) e Marílson dos Santos (2003, 2005 e 2010).
Já entre as corredoras femininas, o Quênia conta com 29 vitórias, Portugal com sete (sendo seis conquistadas por Rosa Mota) e o Brasil, com cinco vitórias.
As corredoras brasileiras que já chegaram em primeiro lugar foram: Carmem de Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Maria Zeferina Baldaia (2001), Marizete Rezende (2002) e Lucélia Peres (2006).
Além de ídolos e recordes, a São Silvestre ganhou ainda um Hall da Fama, com atletas históricos como a própria Rosa Mota, Marílson Gomes dos Santos e Carmem de Oliveira.
Nesse um século de história, a corrida só foi cancelada uma única vez, em 2020, em decorrência da pandemia da Covid-19.