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A cara do time nem sempre é o principal atleta: ela pode ser o mascote

Existe outra figura icônica e muitas vezes tão importante quanto os astros para o sucesso dos times: o mascote

Canarinho, mascote da Seleção Brasileira, em visita ao escritório da Cimed (CIMED/Divulgação)

Canarinho, mascote da Seleção Brasileira, em visita ao escritório da Cimed (CIMED/Divulgação)

Ivan Martinho
Ivan Martinho

Colunista

Publicado em 20 de maio de 2024 às 16h45.

Última atualização em 20 de maio de 2024 às 16h46.

Se eu perguntar “O que Michael Jordan, Neymar e Rayssa Leal têm em comum?”, você não precisará pensar muito para responder. Os três são grandes atletas que se tornaram ícones dos esportes que representam. Agora, se eu perguntar o que um touro, um passarinho e um urso têm em comum com esses três nomes, talvez a resposta já não lhe venha à mente com tanta facilidade.

Estamos habituados a associar uma equipe ou um esporte às grandes estrelas que os representam, atletas de destaque cujo nome e habilidades dominam as manchetes e as conversas dos fãs. Mas existe outra figura icônica e muitas vezes tão importante quanto os astros para o sucesso dos times: o mascote.

Pense em mascotes icônicos como Benny the Bull, que remete ao Chicago Bulls, tanto ou  até mais do que o próprio Jordan; o Canarinho Pistola, representante certeiro do Brasil na Copa do Mundo de 2018, justamente quando Neymar passava pela pior lesão de sua carreira; e o urso Misha, o mascote fofinho dos Jogos Olímpicos de 1980, que virou um fenômeno cultural marcante tão grande quanto diversas edições depois  viraria Rayssa Leal, a medalhista olímpica brasileira mais jovem da história.

Desde a Antiguidade, as civilizações adotam personagens como símbolos de boa sorte, proteção e identidade. Na Grécia, por exemplo, animais eram associados a deuses e heróis, e com frequência eram usados em batalhas para inspirar coragem e determinação. Essa tradição sobreviveu aos séculos, encontrando lugar nos esportes.

É difícil dizer com certeza qual foi o primeiro mascote esportivo a surgir. Uma possibilidade é que tenha sido a simpática bola de beisebol Mr. Met, que estreou em 1963 representando os New York Mets. Desde então, é registrado que os benefícios de ter um mascote são inúmeros.

Ele aumenta a energia e melhora a atmosfera nos estádios, proporcionam entretenimento para os fãs de todas as idades, cria uma conexão especial com as novas gerações de torcedores e ajuda a construir uma comunidade de torcedores leais. Além disso, pode ser uma fonte de receita adicional por meio de vendas de mercadorias e patrocínios.

Mas a escolha do mascote é um desafio em si. Primeiro, é preciso garantir que ele seja culturalmente sensível e apropriado para o público-alvo da equipe ou evento. Uma boa estratégia de seleção envolve considerar a identidade da equipe, os valores que ela representa e o público-alvo que deseja alcançar.

O mascote deve ser cativante, memorável, auxiliar na criação do senso de tradição, aumentar o engajamento dos fãs e claro, promover entretenimento. Além disso, é importante garantir que seja versátil o suficiente para ser usado em uma variedade de contextos, de eventos esportivos a campanhas de marketing.

Embora não seja um jogador no sentido tradicional, o mascote é um player importante na criação de senso de equipe, identificação e pertencimento, parte da identidade e da estratégia de marketing das equipes. Não apenas um personagem fofinho que dança nas laterais do campo.

Da próxima vez que você vir um mascote em ação, lembre-se: ele pode não fazer cestas de três pontos ou marcar gols mas com certeza está ganhando pontos no coração dos torcedores!

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