Esporte

Inspirado em estádio de futebol, Clippers inaugura nova arena de mais de R$ 11,5 bilhões

Intuit Dome pode revolucionar experiências não só no basquete, mas como em todo o esporte

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 16 de novembro de 2024 às 11h45.

Última atualização em 16 de novembro de 2024 às 11h47.

Depois de 25 anos mandando jogos na Crypto.com Arena, o Los Angeles Clippers decidiu que era hora de sair da sombra do rival, o Los Angeles Lakers, e buscar sua casa própria. O Intuit Dome, utilizado pelo Clippers pela primeira vez nesta temporada 2024/25, custou US$ 2 bilhões (R$ 11,5 bi) e conta com tecnologias que podem revolucionar o esporte nos Estados Unidos e no mundo, trazendo para a liga uma perspectiva diferente de tudo que estávamos acostumados.

O Clippers investiu pesado em fornecer a melhor experiência possível para o torcedor que frequentasse o seu ginásio. O Dome se destaca com seu telão 360º, correspondente a quatro mil televisores de 60 polegadas. Além de exibir uma série de estatísticas em tempo real da partida, o telão também é utilizado para interações e ativações com os fãs, como, por exemplo, no tradicional arremesso de camisas para a torcida, com o telão simulando imagens dos próprios jogadores da equipe lançando os itens para os torcedores nas cadeiras.

A arena também é adaptada digitalmente, com entrada para carregadores em todos os assentos e todos os meios de pagamentos sendo realizados diretamente pelo celular, tudo para priorizar a experiência dos fãs.

“Uma arena moderna, confortável, acolhedora e inovadora atrai um tipo de público que não não vem só do basquete. Torna-se mais um ponto turístico de Los Angeles, fazendo com que o fã que conheça o local queira repetir a experiência. E, com a alta demanda, a equipe pode capitalizar a sua receita”, afirma Tironi Paz Ortiz, CEO da Imply, empresa de controle de acessos que está presente com reconhecimento facial em diversos palcos do futebol brasileiro.

O dono da franquia, Steve Ballmer, também decidiu que era importante evitar filas e fazer com que os fãs não perdessem tempo fora, portanto o local conta com 1.400 banheiros, o que seria equivalente a um para cada 15 torcedores.

Apesar de toda a modernidade e tecnologia do ginásio, o ponto que mais chamou a atenção da comunidade de basquete foi a “The Wall”. Inspirada na Muralha Amarela, do estádio do Borussia Dortmund, o setor foi posicionado estrategicamente próximo ao banco de reservas adversário, contando com 51 fileiras de assentos agrupados. O local é exclusivo para torcedores dos Clippers, não sendo permitida a revenda de ingressos adquiridos.

“Há atrações incríveis dentro e também fora da arena. O torcedor que não puder bancar um ingresso pode se divertir no entorno, com quadra de basquete, jogos e muitas interações entre patrocinadores e público. O Dome vai colocar a barra de esporte e entretenimento lá no alto e, muito em breve, deve receber outros tipos de eventos, como lutas e shows”, afirma Sergio Schildt, presidente da Recoma, empresa brasileira que atua há 45 anos no mercado de pisos e infraestrutura esportiva.

A ideia de criar essa atmosfera similar à de equipes de futebol partiu do próprio Steve Ballmer, que assistiu ao jogo de estreia da temporada, contra o Phoenix Suns, no meio da torcida, chamando os torcedores a todo momento para fazer barulho e atrapalhar o adversário. O astro dos Suns, Kevin Durant, conhecido ao longo de sua carreira por ser um dos cobradores de lances livres mais confiáveis da liga, foi o primeiro a entender o impacto da torcida ali. Após errar dois arremessos cruciais na partida, Durant deu uma entrevista dizendo que ele só havia experimentado algo semelhante uma vez na faculdade e que o barulho "soava um pouco diferente”. Ele ainda completou dizendo que “Será um ambiente hostil e diferente para quem viajar até aqui".

“A arena foi desenhada em cada detalhe para cumprir diversos objetivos. Além do entretenimento, também foi pensada na atmosfera. Os Clippers eram conhecidos por não ter uma torcida tão quente, mas agora, com esse novo setor de muralha, pode contar com algo único, que nenhuma outra torcida da NBA possui”, complementa Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

Acompanhe tudo sobre:NBABasquete

Mais de Esporte

Rayssa Leal se torna primeira brasileira tricampeã do mundial de Skate Street

Jogos de hoje, domingo, 15, onde assistir ao vivo e horários

Barcelona x Leganés: onde assistir e horário pelo Campeonato Espanhol

Manchester City x Manchester United: onde assistir e horário pela Premier League