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Clubes que mais faturaram com base, Vini Jr. e Endrick renderam 'bolada' a Flamengo e Palmeiras

Ambos foram negociados ainda menores de idade e vieram da base de seus respectivos clubes

Vini Jr atualmente joga pelo Real Madrid (BSR Agency/Getty Images)

Vini Jr atualmente joga pelo Real Madrid (BSR Agency/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 9 de novembro de 2023 às 18h53.

Flamengo e Palmeiras, adversários desta noite pelo Campeonato Brasileiro, não são apenas os clubes mais vitoriosos dos últimos anos e com maior faturamento anual, mas também aqueles que revelaram duas das principais joias para o mercado internacional dos últimos anos: Vini Jr. e Endrick.

Ambos foram negociados quando ainda não tinham 18 anos. Vini Jr. teve a oficialização do acordo com o Real Madrid em maio de 2017, e deixou o Flamengo em meados de 2018, quando completou a idade prevista pela Fifa para transferências internacionais de menores. O mesmo fato acontecerá com Endrick, este negociado ainda mais cedo, aos 16 anos, e que deixará o Verdão em julho de 2014, quando atingirá a maioridade.

Na ocasião, Vini Jr. havia representado a segunda maior venda de atletas brasileiros para o futebol internacional, avaliado em 45 milhões de euros - perdia apenas para Neymar, vendido ao Barcelona por 88,4 milhões de euros. Já Endrick ultrapassou essa marca ao ser negociado por 72 milhões de euros - isso estabelecendo todas as metas contratuais.

De acordo com levantamento do portal Transfermarkt, Flamengo e Palmeiras foram os clubes que mais arrecadaram com vendas de suas criar desde 2014. O time Rubro-Negro já recebeu mais de 315 milhões de euros (R$ 1,6 bilhão), enquanto o Palmeiras vem logo atrás com mais de 278 milhões de euros (R$ 1,4 bilhão) arrecadados.

"Em ambos os clubes, vimos uma combinação de recusa e aceite de ofertas relevantes pela transferência de seus talentos mais jovens, mas a tendência é de que seus orçamentos ao longo dos próximos anos já considerem como certa a saída dos jovens após dois anos no máximo atuando nas equipes principais, até porque, os clubes já perceberam que um dos componentes de valor mais relevantes para os times europeus é a possibilidade de ajustar diversos comportamentos desses atletas em campo, ainda na sua formação, com dezoito, dezenove anos", analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil. A empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z, se tornou acionista majoritária e controladora da TFM Agency, e que gerencia as carreiras de Vini Jr. e Endrick.

Segundo o executivo da Roc Nation, companhia com mais de vinte anos de experiência no futebol mundial, se o Brasil tivesse uma legislação que permitisse transferências internacionais de atletas já profissionais, com 16 anos, o futebol brasileiro teria ainda mais talentos deixando o país.

"Hoje, muitos são descartados já com 18 anos porque os clubes acreditam que não conseguem mais com essa idade adequar esses atletas. Para os clubes brasileiros, na sua maior parte geridos por dirigentes estatutários, não remunerados, eleitos a cada dois ou três anos, os incentivos são enormes para abdicar dos talentos mais jovens, em troca de atletas que já no seu primeiro ano no clube contribuam com títulos. Mas é somente isso, porque o tempo mostrou, para o próprio Palmeiras e para o Flamengo, que a chance de que atletas tenham seu valor no mercado reduzido após completarem 20 anos é muito maior do que a de terem seu valor elevado. O que se ganha com europeus "vendendo porencial", é maior do que vendendo performance", complementa.

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