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Voltado a carros menos poluentes e mais seguros, Mover deve sair até o fim do mês

Segundo Alckmin, programa prevê R$ 19,3 bilhões, até 2028, destinados à produção de carros com as novas especificações; projeto atrai interesse de montadoras

Economia limpa: programa encabeçado pelo ministro reduz emissões de poluentes (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Economia limpa: programa encabeçado pelo ministro reduz emissões de poluentes (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 5 de março de 2024 às 13h42.

Última atualização em 5 de março de 2024 às 13h52.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira, 5, que a meta da pasta é publicar até o fim do mês toda a regulamentação do Mover - programa que prevê R$ 19,3 bilhões, até 2028, na produção de carros mais seguros e menos poluentes.

Segundo Alckmin, o sucesso do Mover está comprovado na série de investimentos relevantes anunciados pelas montadoras após seu lançamento.

Após participar de um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o vice-presidente se dirigiu a Sorocaba, no interior paulista, onde visitará a fábrica da Toyota, que, conforme antecipou o próprio Alckmin no domingo, vai anunciar investimentos de R$ 11 bilhões.

Mais investimentos

Na quarta-feira, 6, é aguardado o anúncio de um investimento histórico da Stellantis, grupo que produz carros das marcas Fiat Jeep, Peugeot e Citroën. No total, conforme a Anfavea, entidade que representa a indústria automotiva, R$ 100 bilhões serão investidos pelas montadoras e seus fornecedores de peças até 2029

"Esperamos que toda a regulamentação do Mover seja publicada até o fim do mês", informou Alckmin ao atender a imprensa após abrir o I Encontro Nacional da Indústria e Serviços, evento promovido nesta terça-feira pela ApexBrasil, na sede da Fiesp.

Durante o evento, o vice-presidente disse que as exportações no Brasil cresceram, no ano passado, dez vezes mais do que a média mundial, porém com um desempenho muito puxado pelas commodities. O desafio agora, reforçou, é exportar também produtos industriais e serviços. "No passado era assim: exportar é o que importa, é a solução. Virou exportar é a salvação", declarou Alckmin, ao dizer que o País precisa ter mais empresas exportadoras.

Nesse objetivo, o ministro elencou esforços para fortalecer o comércio inter-regional e o acordo de livre comércio assinado entre Mercosul e Cingapura, assim como o crédito a exportações oferecido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com spread 60% mais baixo.

Ao apontar os juros altos como o grande entrave aos investimentos, Alckmin citou o projeto que prevê a criação da Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) como um instrumento que permitirá à indústria captar recursos 1,5% mais barato, dada a isenção do imposto de renda do título.

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