ESG

UE planeja que aéreas paguem mais para poluir no bloco

A UE pretende fazer de seu "Green Deal" e da ambiciosa revisão ambiental uma nova estratégia de crescimento diante da recuperação da economia do impacto da pandemia

Aviões da companhia aérea Lufthansa (Boris Roessler/Getty Images)

Aviões da companhia aérea Lufthansa (Boris Roessler/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 6 de julho de 2021 às 09h30.

Última atualização em 6 de julho de 2021 às 09h31.

Com o objetivo de fortalecer as políticas climáticas sob o Green Deal, a União Europeia planeja que, em algum momento, companhias aéreas paguem pela poluição de seus aviões no maior mercado de carbono do mundo.

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Uma proposta da Comissão Europeia inclui a eliminação gradual das licenças de emissão para operadoras, que fará parte das medidas a serem anunciadas em 14 de julho, segundo uma pessoa a par do assunto. O pacote também apresentará exigências mais rigorosas para que empresas do setor de transporte usem combustíveis mais limpos.

A UE pretende fazer de seu Green Deal e da ambiciosa revisão ambiental uma nova estratégia de crescimento diante da recuperação da economia do impacto da pandemia. A iniciativa para reduzir a poluição também inclui o fortalecimento e a expansão do mercado de carbono do bloco, criando outro programa de comércio de emissões para edifícios e transporte rodoviário e estabelecendo novos padrões de emissões para carros.

A Comissão quer obrigar fornecedores de combustível a misturar um nível cada vez mais alto de combustíveis de aviação sustentável ao combustível de aviação existente vendido em aeroportos da UE, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada. Além disso, o braço executivo da UE planeja incentivar a adoção de combustíveis sintéticos de baixo carbono sob o chamado pacote “Fit for 55”.

Os combustíveis mais limpos também receberão tratamento preferencial no novo quadro de tributação da energia da UE.

A proposta legislativa visa alinhar a economia europeia com um novo objetivo de reduzir os gases de efeito estufa em pelo menos 55% até 2030 em relação aos níveis de 1990. O objetivo anterior era de um corte de 40%.

Esse pacote também incluirá propostas para aumentar a proporção de energia renovável, impulsionar a eficiência energética e endurecer as metas nacionais de redução de emissões. A Comissão terá como objetivo fazer a transição de uma “forma justa, econômica e competitiva”, disse na minuta do documento que será enviado aos governos nacionais e ao Parlamento Europeu na próxima semana.

Um fundo social de ação climática será lançado para ajudar famílias mais vulneráveis a compensar os custos da transição. Para ajudar a reduzir as preocupações dos estados membros mais pobres, a UE também quer reforçar o Fundo de Modernização do mercado de carbono, que apoia países de baixa renda e redistribui um décimo das licenças de carbono para leilões.

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