ESG

Suzano, Itaú e outras empresas se unem para conservar 4 milhões de hectares de florestas nativas

Juntas, seis companhias lançam a empresa Biomas e preveem a preservação e restauração de 4 milhões de hectares áreas nativas da Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.

Preservação ambiental: empresas se unem para colaborar em prol das florestas brasileiras. Primeiro aporte tem o valor de R$ 20 milhões de cada empresa participante (Sylvamo/Divulgação)

Preservação ambiental: empresas se unem para colaborar em prol das florestas brasileiras. Primeiro aporte tem o valor de R$ 20 milhões de cada empresa participante (Sylvamo/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2022 às 10h01.

Última atualização em 14 de novembro de 2022 às 14h14.

Algumas empresas como Itaú Unibanco, Marfrig, Rabobank, Santander, Suzano e Vale, anunciam hoje, durante evento realizado na COP27, Conferência do Clima, a criação de uma empresa totalmente dedicada às atividades de conservação, restauração e preservação das florestas brasileiras. O objetivo da iniciativa é que, ao longo de 20 anos, 4 milhões de hectares de matas nativas da Amazônia, Cerrado e da Mata Atlântica sejam restauradas e protegidas.

Chamada de Biomas, a empresa nasce com a ambição de conservar 2 milhões de hectares e restaurar mais 2 milhões de hectares de áreas degradadas, a partir do plantio de, aproximadamente, 2 bilhões de árvores nativas. Tudo isso a partir do aporte inicial de R$ 20 milhões de cada empresa sócia.

“Reunimos a força dessas empresas em uma iniciativa inédita no mundo para promovermos um movimento de impacto positivo, com condições efetivas de gerar e compartilhar valor com comunidades locais e o meio ambiente a partir da promoção de ações de restauração, conservação e preservação. Não há mais tempo para promessas, é hora da ação”, afirmou Walter Schalka, presidente da Suzano.

A EXAME está na COP27, da ONU. Acesse a página especial e saiba tudo o que acontece no mais importante evento de mudanças climáticas, sustentabilidade e sociedade

O objetivo da Biomas é promover um modelo de negócio sustentável também do ponto de vista financeiro, viabilizando cada projeto a partir da comercialização de créditos de carbono. Na COP27, as empresas comentaram que devem reduzir aproximadamente 900 milhões de toneladas de carbono durante o período de duas décadas - contribuindo para a proteção de mais de 4.000 espécies de animais e plantas.

Outro objetivo do grupo é contribuir para estimular o desenvolvimento regional e o fortalecimento das comunidades locais com seu envolvimento na cadeia de valor.

Os grandes desafios do clima e da biodiversidade demandam ações ambiciosas e atores que tenham capacidade de execução, com qualidade e velocidade. Nos juntamos à Biomas com esse objetivo em mente: seis grandes empresas com uma meta comum, gerando impacto altamente positivo para a floresta, para a economia e para as comunidades locais”, observou Mario Leão, presidente do Santander Brasil.

Próximos passos

Como primeira etapa do projeto serão identificadas e prospectadas áreas para produção em grande escala de árvores nativas, além de engajamento de comunidades locais nas atividades da empresa, discussão sobre aplicação em áreas públicas, parceria com plataformas de certificação de créditos de carbono e a implementação de projetos pilotos. A partir de 2025, o objetivo é ampliar a escala até alcançar a meta de 4 milhões de hectares.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia

Acompanhe tudo sobre:Exame na COP27FlorestasItaúMarfrigMudanças climáticassuzanoVale

Mais de ESG

Em encontro, mulheres negras discutem barreiras para ascensão profissional no Brasil

Apple se aproxima de marca histórica de US$ 4 trilhões em valor de mercado

Novos negócios e viagens: os gastos de quem ganha mais de US$ 100 mil por ano

Onde investir em 2025: Wall Street aponta os 4 setores mais lucrativos