Summit ESG: economia da floresta age na proteção e no desenvolvimento
A redução do desmatamento depende não apenas de políticas publicas e fiscalização, mas também de iniciativas para a geração de renda e a proteção dos povos tradicionais, avaliam debatedoras
Jornalista
Publicado em 25 de junho de 2024 às 07h30.
"A economia da floresta pós-desmatamento: Iniciativas e estratégias que protegem e desenvolvem " é um dos temas da programação do Summit ESG 2024 , promovido pela Exame , a maior publicação de negócios do Brasil. Os encontros fazem parte da agenda do “ Mês do ESG 2024 ”.
Sob a condução de Talita Assis, especialista em ESG da Exame, Braulina Baniwa, índígena, pesquisadora e coordenadora de relações internacionais na ANMIGA, e Juliana Santana, executiva de Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa, ligada ao Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV-GVCES em iniciativas voltadas à Agenda Climática - Adaptação e ao desenvolvimento da Liderança para a Sustentabilidade,debateram sobre como a redução do desmatamento depende não apenas de políticas publicas e fiscalização, mas também de iniciativas para a geração de renda e a proteção dos povos tradicionais.
Braulina alerta para a urgência climática pela qual passa o Brasil, com seus biomas expostos a queimadas e derrubada de vegetação. Mas lembra também da importância da pauta da demarcação das terras indígenas onde estão os biomas brasileiros e da sua interdependência.
Para a pesquisadora, a preservação de todos os biomas permite buscar a sua preservação e a sua biodiversidade e levar uma série de benefícios para a sociedade, como o acesso ao ar limpo. "A luta hoje não é falar só de demarcação, mas falar da continuidade de todos os seres".
Economia com bioma preservado
Juliana complementa: "Não existe economia sem os nossos biomas preservados. " Para a especialista, as empresas têm atuado para reconhecer que o equilíbrio ambiental é importante para suas atividades. Mas, mesmo com o esforço que se vê, por exemplo, entre as empresas produtoras de alimentos, ainda há muito o que avançar. "O equilíbrio do ecossistema traz a questão da garantia da segurança hídrica e, com isso, a possibilidade de produzir mais, o que depende da proteção de todos os biomas", alerta a executiva.
Mas não é só o agro que ganha com a preservação dos biomas. Juliana cita também o ecoturismo, que ajuda na proteção e na geração de renda. Ela lembra ainda do potencial da bioeconomia, que agrega inovação ao país. "Por isso, é tão importante aliar a questão ambiental à questão social. E ainda tem a cultura dos nossos povos originários, com a sua cultura, que permite aliar a inovação científica com o conhecimento ancestral ", analisa a especialista em agenda climática.
Summit
O Summit ESG da Exame é considerado o maior evento ESG da imprensa nacional e reúne debates que refletem a cobertura constante da Exame sobre os principais temas sociais e ambientais de interesse global.
Neste ano, serão realizados 21 painéis, organizados em oito blocos temáticos. Os temas abordados serão: Cadeias de Produção Sustentáveis, Inclusão e Empoderamento Econômico, Transição para uma Economia de Baixo Carbono, Financiando a Transição, Bioeconomia e Agro Sustentável, Soluções para a Transição Energética, Economia Circular e Adaptação e Transição Justa.
A cada semana, dois blocos serão veiculados, sempre às terças-feiras e quintas-feiras. Cadastre-se aqui para conhecer os detalhes da programação.
Além disso, em junho, a Exame publica o Melhores do ESG , principal guia de sustentabilidade do Brasil, realizado há mais de duas décadas. A premiação das empresas que mais contribuíram para o desenvolvimento sustentável do país aconteceu no dia 17 de junho, celebrando organizações que se destacam não apenas pelo lucro, mas também pelo compromisso com o desenvolvimento social e a preservação ambiental.