ESG

Serviço secreto britânico está de olho em países que poluem meio ambiente

MI6, como é chamado o serviço de espionagem do Reino Unido, disse que vai verificar se países estão cumprindo compromissos de mudança climática

Serviço de espionagem vai passar a acompanhar países que poluem meio ambiente (Carl de Souza/AFP)

Serviço de espionagem vai passar a acompanhar países que poluem meio ambiente (Carl de Souza/AFP)

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AFP

Publicado em 25 de abril de 2021 às 15h51.

Os serviços secretos britânicos revelaram neste domingo (25) que empreenderam uma "espionagem verde", consistindo em verificar se os outros países, em particular "os maiores poluidores do mundo", cumprem os seus compromissos sobre as mudanças climáticas.

"No domínio das mudanças climáticas, onde todos têm que se envolver e jogar de forma transparente, às vezes é necessário verificar se é esse o caso", disse em entrevista à Times Radio o diretor do MI6, Richard Moore, cujo o lema é "confiar, mas verificar".

É por isso que a inteligência externa britânica passou a "espionar os maiores poluidores do mundo", anunciou, considerando "óbvio" que sua organização apoiaria o que ele considera ser "o ponto principal da agenda de política externa internacional de seu país. E para todo o planeta, ou seja, a emergência climática".

"Quando as pessoas se comprometem com a mudança climática, talvez seja nossa responsabilidade garantir que o que estão realmente fazendo é o que se comprometeram", acrescentou ele, que atende pelo pseudônimo 'C'.

Essas revelações ocorrem poucos dias depois que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se comprometeu a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em seu país entre 50 e 52% até 2030 em relação a 2005, no contexto de uma cúpula sobre o clima da qual participaram importantes líderes mundiais.

No entanto, embora nesta fase permaneça esquivo em afirmar os meios concretos para alcançá-lo, este anúncio "muda o contexto" e pode fornecer um grande impulso, se necessário, às negociações internacionais, disse o primeiro-ministro britânico Boris Johnson.

Este último havia anunciado na terça-feira reduções maiores do que o esperado no volume de emissões de dióxido de carbono no Reino Unido, meses antes da COP26 sobre o clima, que ocorrerá em Glasgow (Escócia).

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