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Sem corte na produção, petroleiras anunciam pacto para reduzir emissões de metano

Ao todo, 50 produtores de petróleo assinaram o compromisso, que prevê um programa de apoio a empresas de setores muito poluentes

Petróleo: redução das emissões passaria por uso de tecnologia (AFP/AFP)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de dezembro de 2023 às 10h44.

Presidida por um representante do setor petroleiro, Sultan Al Jaber, a COP28 lançou neste sábado, 2, um pacto para a redução das emissões de metano do setor do petróleo e do gás.

Ao todo, 50 produtores endossaram o acordo. Entre eles, a Exxon Mobil Corp. e a Aramco, da Arábia Saudita. Ainda segundo o anúncio, um programa apoiará empresas que fabricam produtos altamente poluentes, como cimento e aço, que geram emissões são difíceis de reduzir.

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A presença da Exxon Mobil Corp. e da Aramco, maiores empresas petrolíferas privadas e estatais do mundo, encabeçando o compromisso de emitir menor metano, é apontada por especialistas como pouco coerente, já que o compromisso de reduzir as emissões significaria encolher as suas próprias operações.

No entanto, apesar do pacto, nenhuma das companhias se compromete a reduzir a produção de petróleo e gás. A promessa é de diminuir a liberação de metano para perto de zero até 2030 e concluir o processo de queima de gás natural. O metano é apontado como um dos gases mais perigosos com efeito de estufa.

Proposta de petróleo e gás mais limpos

Parte interessada, Al Jaber, o presidente da COP28, argumentou que, mesmo que o mundo desenvolva mais energia sem carbono, o petróleo e o gás seguirão como parte do sistema energético nas próximas décadas. O caminho é torná-los mais limpos para minimizar o aquecimento.

A opinião é diferente dos ambientalistas, que vêm pressionando há meses a destituição de Al Jaber como presidente da COP28, já que se trata de um executivo de uma empresa petroleira.

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