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Rock In Rio: ao menos 8 toneladas de alumínio usado no festival serão recicladas

O festival, que celebrou 40 anos nesta edição, contou com ações de circularidade e reciclagem a partir da parceria entre a ANCAT, Novelis e catadores

Roberto Rocha, presidente da ANCAT: "Os catadores e catadoras são fundamentais para o sucesso desse trabalho, garantindo a recuperação dos materiais e a qualidade no processo" (Germano Lüders/Exame)

Roberto Rocha, presidente da ANCAT: "Os catadores e catadoras são fundamentais para o sucesso desse trabalho, garantindo a recuperação dos materiais e a qualidade no processo" (Germano Lüders/Exame)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 27 de setembro de 2024 às 17h35.

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A edição deste ano do Rock In Rio, marcada pela celebração dos 40 anos de um dos maiores festivais de música do país, também foi especial pela sustentabilidade no evento. Os catadores da Rede Movimento, em parceria com a ANCAT (Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis), reciclaram mais de 8 toneladas de latas de alumínio.

A ação foi realizada com o apoio da Novelis, companhia global de laminados e reciclagem de alumínio. No entanto, o trabalho ainda não acabou, uma vez que parte dos resíduos continua em estoque aguardando o processamento, o que pode aumentar a quantia reciclada ao fim do festival.

Tecnologia em busca da economia circular

Uma das ferramentas que ajudou a garantir a logística reversa no festival foi o blockchain, tecnologia de compartilhamento de informações que garante a rastreabilidade dos materiais recicláveis. A estratégia foi aplicada pela startup Reutiliza Já, buscando a transparência no processo de circularidade dos materiais.

De acordo com dados da ANCAT e da Reutiliza Já, o reaproveitamento do alumínio coletado durante o festival pode evitar a extração de até 40 toneladas de bauxita, o minério utilizado na produção do alumínio primário. Para a associação, o modelo contribui para manter o índice de reciclagem de latas de alumínio no Brasil acima de 95%.

O Rock In Rio, que teve seu fim no último final de semana, aconteceu entre os dias 13 e 22 de setembro e movimentou mais de 730 mil pessoas no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro.

Cadeia do alumínio

Para Gustavo Faria, gerente sênior de negócios de metal da Novelis para a América do Sul, a parceria entre a Novelis, a ANCAT e os catadores foi fundamental para garantir a circularidade do material consumido no festival. “Trabalhamos para que o material consumido seja reciclado e volte à cadeia produtiva de forma eficiente. Esse modelo de atuação garante que o alumínio continue sendo um dos materiais mais reciclados no Brasil, com índices que se mantêm entre os mais altos do mundo”, explica.

Roberto Rocha, presidente da ANCAT, também ressalta a importância dos catadores no sucesso da operação. No total, mais de 100 catadores participaram do processo, desde a triagem até a rastreabilidade dos materiais, possibilitando que o alumínio retorne para a cadeia. “Os catadores e catadoras são fundamentais para o sucesso desse trabalho, garantindo não só uma alta recuperação dos materiais, mas também a qualidade do processo”, afirma.

Após a coleta no evento, o alumínio será separado e prensado antes de ser enviado ao centro de coleta da Novelis em São Gonçalo (RJ). A companhia explica que de lá, segue para a fábrica de Pindamonhangaba (SP), onde será reprocessado e reintegrado à cadeia produtiva.

A utilização de blockchain e a atuação dos catadores são marcos importantes para o futuro da reciclagem no Brasil. O modelo de reciclagem no Rock In Rio destaca a importância da inovação e da ação comunitária para a sustentabilidade.

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