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Podcast: como a sustentabilidade garante a relevância dos shoppings no Brasil

Ao contrário dos EUA, onde o setor enfrenta dificuldades, os shoppings brasileiros crescem apoiados em estratégias de integração com as cidades. Paula Fonseca, diretora da Allos, conta essa história

Paula Fonseca, da Allos: meta de alcançar 90% de reciclagem ou compostagem em todos os shoppings e ter 50% de líderes mulheres e 48% de líderes negros até 2030 (Allos/Divulgação)

Paula Fonseca, da Allos: meta de alcançar 90% de reciclagem ou compostagem em todos os shoppings e ter 50% de líderes mulheres e 48% de líderes negros até 2030 (Allos/Divulgação)

Rodrigo Caetano
Rodrigo Caetano

Editor ESG

Publicado em 22 de agosto de 2024 às 07h00.

Última atualização em 22 de agosto de 2024 às 08h48.

Nos Estados Unidos, maior economia global e paraíso do consumo, o setor de shopping centers enfrenta uma crise sem precedentes. Nas décadas de 80 e 90, auge dos grandes centros de compra, os americanos contavam com mais de 2.500 estabelecimentos repletos de lojas. Cerca de 700 fecharam as portas, a maioria na última década, e os que sobraram enfrentam taxas de vacância na casa dos 10%, em média. O e-commerce e mudanças culturais na sociedade americana são apontados como as causas da derrocada.

Para as operadoras de shoppings no Brasil, o cenário é diferente. São mais de 600 centros de compra em operação, e 18 novos estabelecimentos devem abrir as portas no país este ano, segundo dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O setor movimenta quase 200 bilhões de reais em faturamento, gera 1 milhão de empregos e recebe, por mês, 462 milhões de visitantes, que desfrutam, em ambientes climatizados, de 121.000 lojas e 3.073 salas de cinema. “A abordagem brasileira para os shopping centers sempre foi diferente da americana”, afirma Paula Fonseca, diretora jurídica e coordenadora da comissão ESG da Allos, a maior operadora do país.

A diferença está na maneira como os shoppings se integram às cidades e no papel deles na sociedade. Fonseca destaca que, desde o início, os empreendimentos foram pensados para abarcar serviços, não apenas lojas. A estratégia fomentou uma relação mais saudável com as pessoas. “Nos EUA, a ideia era uma caixa fechada, sem luz do sol, sem cinema, para que o consumidor não se distraísse no ato da compra”, disse a executiva. Confira a entrevista completa no podcast ESG de A a Z, da EXAME.

Para garantir o futuro do negócio, a Allos tem planos de intensificar essa estratégia de participar positivamente da vida das pessoas, incorporando atributos de sustentabilidade em seus empreendimentos. Segundo a executiva, o objetivo é fazer dos centros de compras e serviços espécies de hubs para a promoção de reciclagem, diversidade e inclusão. “Nós temos a capacidade de influenciar os lojistas e os consumidores”, afirma.

A empresa definiu uma série de metas para isso: alcançar 90% de reciclagem ou compostagem até 2030 em todos os shoppings, ter 50% de líderes mulheres e 48% de líderes negros até 2030, investir em infraestrutura para carros elétricos, reuso de água e construções sustentáveis, entre outras. Com dois shoppings em Belém, a Allos também quer participar da COP30, que acontecerá na capital paraense em 2025, colocando seus estabelecimentos à disposição para eventos ligados ao tema das mudanças climáticas.

Saiba mais sobre a sustentabilidade no setor de shoppings no podcast ESG de A a Z.

Acompanhe tudo sobre:Shopping centersCOP30COP29ConsumoFuturo do consumo

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