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Pela primeira vez, energias eólica e solar superaram o gás na UE em 2022

"A Europa evitou o pior da crise energética", avaliou Dave Jones, encarregado de análise de dados do Ember, citado em nota

Energia na UE: "O medo de um repique do carvão está descartado" (Christopher Furlong/Getty Images)

Energia na UE: "O medo de um repique do carvão está descartado" (Christopher Furlong/Getty Images)

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AFP

Publicado em 31 de janeiro de 2023 às 18h51.

Pela primeira vez, as energias eólica e solar geraram mais eletricidade na União Europeia do que a proveniente do gás em 2022, segundo um relatório publicado pelo centro de análises Ember nesta terça-feira, 31.

Quase um quarto (22%) de toda a eletricidade consumida na UE foi gerada por estas duas fontes de energia limpa, muito mais do que a energia gerada por carvão (16%) e "pela primeira vez" pela proveniente do gás (20%), segundo a European Electricity Review, publicação do centro Emberg.

"A Europa evitou o pior da crise energética", avaliou Dave Jones, encarregado de análise de dados do Ember, citado em nota.

A crise de energia, provocada pela invasão russa da Ucrânia, "só provocou um leve aumento da energia do carvão e, ao contrário, gerou um apoio enorme às energias renováveis", acrescentou o texto.

"O medo de um repique do carvão está descartado", afirmou o analista.

Ele destacou o aumento da produção de eletricidade a partir da energia solar de 39 terawatts-hora (TWh, +24%) em relação a 2021 - um recorde. Comparativamente, as usinas nucleares francesas produziram 279 TWh em 2022.

Após a invasão russa da Ucrânia e o progressivo fechamento de gasodutos russos, a Europa teve que importar maciçamente gás natural liquefeito, transportado em navios, e voltar a usar centrais a carvão. As fontes eólica e solar permitiram evitar um uso maior do carvão, segundo os analistas.

A produção de eletricidade a partir do carvão aumentou 7% entre 2021 e 2022 (+28 TWh), mas o uso de centrais a carvão diminuiu de fato nos quatro últimos meses do ano.

A forte queda da demanda de eletricidade na Europa no último trimestre do ano (-7,9%), em comparação com o ano passado, também ajudou a deixar o carvão para trás.

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