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Panasonic investe R$1,6 bi em produção de energia solar no Ceará

60% da energia consumida pela Panasonic no Brasil deve ser de fonte solar em 2024. Para a construção e operação da usina solar, o investimento será de R$ 1,6 bilhão pela Pontoon Clean Tech

Panasonic investe em energia solar (Panasonic/Divulgação)

Marina Filippe

Publicado em 13 de abril de 2022 às 09h02.

Última atualização em 14 de abril de 2022 às 16h26.

A empresa de tecnologia e produtos eletrônicos Panasonic anuncia a meta de ter metadeda energia consumida pela empresa no Brasil de fonte solar, proveniente do modelo de autoprodução, em 2024.

A energia será do Complexo Solar de Intrepid, localizado no município de Mauriti, no Ceará, com capacidade de produzir 500MWp e será responsável por aproximadamente 65% do consumo na fábrica da Panasonic localizada em Extrema, Minas Gerais.

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Para a construção, gestão e operação da usina solar, o investimento será de R$ 1,6 bilhão pela Pontoon Clean Tech, empresa responsável pelo fornecimento de energia solar fotovoltaica com a qual a Panasonic firmou contrato, por 15 anos para a realização desse projeto.

"Este é um acordo via consórcio, com contrato fechado por 15 anos com a Pontoon Clean Tech, que é responsável por todo investimento, gestão e operação da usina solar enquanto a Panasonic é responsável pela contratação e pagamento da energia utilizada", diz Sergei Epof, vice-presidente de eletrodomésticos da Panasonic do Brasil.

A iniciativa faz parte da agenda ESG global da companhia, que está desenvolvendo diversas ações com objetivo de cumprir a Visão Ambiental 2050. Em todas as unidades da Panasonic já existe um sistema de verificação de conformidade com as legislações ambientais vigentes.

No Brasil, a empresa compensa 100% de toda a emissão de CO2 e a fábrica de Extrema, responsável pela produção de geladeiras e lavadoras da companhia, foi a primeira na América Latina a possuir o selo Zero CO2 Emission, concedido pela matriz japonesa. Além disso, a Panasonic já trabalha  o pilar da sustentabilidade em seus produtos, alinhando sempre novas tecnologias nos projetos a favor do meio ambiente.

Segundo Epof, o investimento em energias limpas e renováveis está em linha com a estratégia da Visão Ambiental 2050. "Em maio de 2021, anunciamos uma meta global de tornar nossa emissão total de CO2 líquida em zero até 2030. No Brasil, isso já é uma realidade em nossas unidades antes mesmo do prazo, por meio da compensação de compra de créditos de carbono. Nossos esforços serão para que a energia criada por produtos e serviços da Panasonic exceda a utilizada em nossos processos de fabricação até o ano de 2050 ou mesmo antes. Atingindo mais de 60% de autoprodução de energia também nos destacamos entre as outras unidades do mundo".

O projeto do Complexo Solar de Intrepid terá o total de 1.100 hectares e 935 mil placas solares serão instaladas evitando a emissão de 400 mil toneladas de CO2 por ano. As obras têm previsão de início para o ano de 2022 e encerramento até o final de 2023 movimentando mais de 4 mil empregos diretos e indiretos para a comunidade local.

“Entramos no mercado esse ano, onde oferecemos a possibilidade de construir a jornada completa de descarbonização das empresas. Por isso, ter a Panasonic como aliada nesse setor em pleno crescimento, significa um grande passo para a Pontoon”, diz Marcos Severine, CEO da Pontoon.

Desta forma, a Panasonic quer liderar a frente de autoprodução de energia via matriz solar fotovoltaica se comparada a outras empresas do mesmo segmento de mercado. “A Panasonic já utiliza 100% de energia de fontes renováveis provenientes do mercado livre de energia, e já neutraliza 100% de CO2. A partir de 2024, metade da energia total consumida pela empresa no Brasil será proveniente de energia limpa e solar produzida pela Pontoon dentro deste modelo de autoprodução. Trata-se de um projeto piloto e a ideia é aumentar gradualmente os investimentos em autoprodução a partir de 2024. Espera-se que nos próximos 15 anos a autoprodução produzida pela Pontoon atinja 100%", afirma Epof.

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