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Pacto Global da ONU no Brasil vai à Brasília debater integridade e anticorrupção no setor privado

Além dos painéis, foram discutidos temas como lobby, recuperação de ativos perdidos para corrupção e uso de tecnologias no combate à corrupção

Evento do Pacto Global da ONU no Brasil: encontro gera diálogos entre os setores público, privado, academia e sociedade civil (Pacto Global da ONU no Brasil/Divulgação)
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 29 de junho de 2023 às 14h18.

Última atualização em 29 de junho de 2023 às 14h21.

Nos dias 28 e 29 de junho, o Pacto Global da ONU no Brasil organiza o Policy Dialogues (em tradução, Diálogos de Política) com o objetivo de gerar diálogos entre os setores público, privado, a academia e a sociedade civil na luta contra a corrupção e na aprovação de legislações sobre o tema – visto que a corrupção e crises econômicas afetam a estabilidade sociopolítica e dificultam a implementação da Agenda 2030 e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O evento está vinculado a outras atividades do Pacto Global visando o desenvolvimento das ideias para a Convenção das Nações Unidas de Combate à Corrupção, que completará 20 anos em 2023, além de discutir os 10 anos da Lei Anticorrupção.

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Diálogos de Alto Nível

O 1º painel, Painel Diálogos de Alto Nível, contou com a participação da secretária-executiva da Controladoria-Geral da União (CGU), Vânia Lúcia Ribeiro Vieira, do diretor da Cepal, Carlos Mussi, e Edson Garutti, coordenador-geral de articulação institucional do Ministério da Justiça (MJSP). Foi falado sobre os avanços do Brasil e a colaboração do país com seus vizinhos latino-americanos na luta contra a corrupção e pela integridade, além de discutir os marcos deste ano como os 20 anos da CGU e da Estratégia Nacional de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) – assim como os dez anos da Lei Anticorrupção e da Lei de Conflito de Interesse.

Já o segundo painel, Diálogos de Alto Nível: Soluções Coletivas, contou com o lançamento do Guia Anticorrupção da Agroindústria em espanhol. Também foram discutidas ações coletivas anticorrupção com a presença de representantes das empresas ADM, Amaggi,  BASF, MAPA e MRV. O CEO da MRV, Eduardo Fischer, ressaltou que os jovens não querem permanecer em empresas que não são íntegras. Para ele, o desafio principal das empresas é manter uma cadeia de valor treinada em integridade. Segundo Fischer, para trabalhar efetivamente na área é necessário envolver a prevenção da corrupção.

Camila Valverde, do Pacto Global, e Eduardo Fischer, da MRV: compromisso assinado (Pacto Global/Divulgação)

Assinatura do movimento de Transparência

O painel ainda destacou as ações coletivas anticorrupção moderadas pelo Pacto Global da ONU no Brasil enquanto ferramenta eficiente de combate à corrupção. No final do evento, a MRV assinou simbolicamente o Movimento Transparência 100%, como empresa embaixadora.À tarde, quatro workshops discutiram como país pode avançar em assuntos de proteção ao denunciante de boa fé, lobby, recuperação de ativos perdidos para corrupção e uso de tecnologias no combate à corrupção

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