ESG

Apoio:

logo_suvinil_500x252
Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
logo_engie_500X252

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Órigo emite título verde para ampliar parque de geração solar

Empresa que opera fazendas solares em Minas Gerais, São Paulo e Pernambuco captou 64 milhões de reais em operação coordenada pelo Itaú

Fazenda solar da Órigo: empresa irá construir quatro novos empreendimentos com os recursos captados (Órigo/Divulgação)

Fazenda solar da Órigo: empresa irá construir quatro novos empreendimentos com os recursos captados (Órigo/Divulgação)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 10h26.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2021 às 12h25.

Órigo Energia, empresa que opera fazendas solares no modelo de geração distribuída, realizou nesta semana a primeira emissão de títulos verdes (green bonds) para projetos de energia solar na América Latina. A operação captou 64 milhões de reais e foi coordenada pelo banco Itaú. Os recursos serão utilizados para a expansão dos parques solares da Órigo.  

A Exame Academy lançou um curso sobre ESG -- práticas ambientais, sociais e de governança. Conheça agora

Segundo Surya Mendonça, CEO da companhia, a escolha pelo green bond foi uma forma de abrir esse mercado para o setor de geração distribuída, modelo de negócios adotado pela Órigo, em que a geração da energia acontece perto do local de consumo. “Não tivemos uma vantagem expressiva”, afirmou Mendonça. “Mas isso é porque fomos os primeiros.” 

Os títulos foram oferecidos para os clientes private label do Itaú. De acordo com Caio Viggiano, diretor de renda fixa do banco, a demanda era por um volume maior de dívida. “Operações bem estruturadas, como essa, são muito procuradas", afirma.  

Para a Órigo, o principal benefício de optar pelo título verde é o tempo de pagamento. Os juros estabelecidos foram de 10% mais o IPCA, para um prazo de 10 anos, com carência de 18 meses. “Como ainda não podemos emitir títulos de infraestrutura, essa é a melhor opção para financiar nossos projetos, que são de longo prazo”, afirma Rogerio Santos, CFO da companhia. O setor de geração distribuída não está enquadrado como infraestrutura pelo Ministério de Minas e Energia, por isso a necessidade de utilizar os CRIs.  

Luiza de Vasconcellos, especialista ESG do Itaú, explica que há dois tipos de títulos sustentáveis mais utilizados atualmente, os green bonds e os sustainability bonds. No primeiro caso, os recursos captados só podem ser utilizados em um projeto específico, que traga uma contrapartida ambiental, como a redução das emissões de carbono. No segundo, os recursos não estão atrelados a projetos específicos, porém, o custo da dívida depende de metas a serem atingidas pelo emissor.  

“Para a energia solar, faz mais sentido o green bond, já que são projetos verdes por natureza", diz Vasconcellos. “Os sustainability bonds são mais utilizados por empresas que possuem estratégias socioambientais bem definidas.” 

Foco em pessoa física  

Órigo conta atualmente com 8 mil clientes, entre pequenas e médias empresas e pessoas físicas, com presença equivalente. Segundo o CEO, há um enorme potencial para crescer entre os consumidores domésticos. “É uma questão de tempo", diz Mendonça.  

Com os recursos captados, a Órigo irá construir mais quatro fazendas em Minas Gerais, adicionando 10 MW aos 45 MW de potência instalada que a companhia possui.  

Assine a newsletter Exame.ESG e descubra como a sustentabilidade empresarial impacta diretamente a performance de seus investimentos 

De 0 a 10 quanto você recomendaria Exame para um amigo ou parente?

Clicando em um dos números acima e finalizando sua avaliação você nos ajudará a melhorar ainda mais.

 

 

 

Acompanhe tudo sobre:Energia renovávelEnergia solarItaú

Mais de ESG

Queimadas: alta de 54% antecipa período crítico, alerta pesquisa

Amazônia Legal: estudo mostra de onde parte a pressão pelo desmatamento

Oito em cada dez quilombolas vivem com saneamento básico precário ou sem acesso

Cetesb multa em R$ 18 milhões usina responsável pela morte de peixes em Piracicaba

Mais na Exame