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O clima ajudou a disseminar o coronavírus?

Um dos objetivos de um simpósio virtual organizado nesta terça-feira pela ONU é entender se, de fato, temperaturas mais baixas ajudam a espalhar o vírus

Coronavírus: países tropicais ou subtropicais estão entre os mais atingidos pela pandemia (Trinh Quoc Dung/VNA/Reuters)
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Rodrigo Caetano

Publicado em 4 de agosto de 2020 às 06h57.

Última atualização em 4 de agosto de 2020 às 08h27.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM), um braço das Nações Unidas (ONU), realiza nesta terça-feira um simpósio virtual com cientistas de várias partes do planeta para discutir uma dúvida presente desde o início da pandemia: há alguma relação entre as condições climáticas e o avanço do novo coronavírus numa determinada geografia?

Embora fatores ambientais não sejam o motivador principal da pandemia, a maneira como o vírus se propaga em diferentes zonas climáticas intriga os pesquisadores. “É importante determinar se as condições meteorológicas influenciam no contágio”, afirma Jürg Luterbacher, cientista-chefe da OMM.

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O coronavírus se propagou rapidamente por diferentes estações climáticas e temperaturas. Originalmente, a doença se manifestou no hemisfério norte, no começo do inverno. Inicialmente, foi considerada a hipótese de que o vírus teria menor intensidade em locais quentes. Hoje, porém, países tropicais ou subtropicais estão entre os mais atingidos pela pandemia, como é o caso do Brasil.

Ao mesmo tempo, países europeus que estão saindo do verão enfrentam uma segunda onda da doença. Segundo a organização, é preciso determinar se há alguma relação entre a mudança de temperatura e o ressurgimento da doença. Essa questão, no entanto, ainda está muito baseada em experiências com outras doenças respiratórias.

O simpósio será realizado por videoconferência e terá a participação de 450 cientistas, que vão analisar cerca de 100 estudos sobre o tema realizados em 20 países. A ideia inicial do evento partiu de um time de pesquisadores da universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, que monitora a disseminação da doença desde o início da pandemia.

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