ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Nos EUA, proibição de sacolas plásticas reduz poluição nas praias, afirma estudo

Legislações estaduais avançam e resíduos recolhidos em 2022 e 2023 caem 29% em comparação ao período pré-pandemia, entre 2013 e 2019; 11 mi de toneladas de plástico chegam aos oceanos por ano

Morte: tartarugas e aves confundem sacolas com medusas, ingerem os resíduos e não resistem (AFP Photo)

Morte: tartarugas e aves confundem sacolas com medusas, ingerem os resíduos e não resistem (AFP Photo)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 12h03.

As proibições estaduais a sacolas plásticas reduziram a poluição em praias e cursos d'água nos Estados Unidos, de acordo com uma análise científica publicada na segunda-feira, 9, pela ONG Ocean Conservancy.

O número desses resíduos coletados durante a iniciativa anual de limpeza de praias (International Coastal Cleanup, ou ICC) dobrou durante a pandemia de covid-19, marcada pelo aumento do uso de sacolas plásticas e pela suspensão de restrições.

Mas desde 2020, à medida que a população americana sob proibições estaduais ao uso de sacolas plásticas cresceu de 12% para 25%, o número desses itens recolhido por voluntários em 2022 e 2023 caiu 29% em comparação com os níveis anteriores à pandemia (2013-2019).

A Califórnia foi o primeiro de 11 estados a aprovar, em 2015, o veto às sacolas plásticas, consideradas "um dos tipos de poluição mais mortais em nossos oceanos", segundo Anja Brandon, diretora de política de plásticos da Ocean Conservancy, em entrevista à AFP.

"Ficamos entusiasmados ao ver que, com o aumento da porcentagem de americanos cobertos por uma proibição rigorosa de sacolas plásticas, observamos menos poluição", acrescentou Brandon, uma engenheira ambiental que ajudou a redigir leis estaduais e nacionais sobre resíduos plásticos.

A análise se baseou em dados da ICC, uma iniciativa em andamento desde 1986, bem como em outros esforços voluntários de limpeza registrados no aplicativo Clean Swell ou em dados fornecidos à ONG.

Riscos aos animais

O banco de dados da ICC é o maior do tipo e é utilizado por cientistas, ambientalistas e responsáveis por políticas públicas, e já foi usado até na redação de duas leis californianas sobre poluição por plásticos.

Tartarugas e aves confundem sacolas plásticas com medusas e as ingerem. Isso pode impedir que se alimentem ao bloquear o estômago.

A análise foi publicada quando falta pouco para o Dia Internacional de Limpeza de Costas, que será celebrado em 21 de setembro, e de uma nova cúpula da ONU para adotar um tratado internacional contra resíduos plásticos, em novembro.

"Todo ano, 11 milhões de toneladas de plástico acabam em nossos oceanos, o que equivale a mais de um caminhão de lixo por minuto", declarou Brandon.

"Os desafios sistêmicos da poluição por plásticos não se resolverão por si só", acrescentou. "Precisamos de intervenções políticas fortes e eficazes, sabemos quais são, temos os dados que as apoiam, só precisamos de mais delas."

Acompanhe tudo sobre:PlásticosLixoOceanosPraiasEstados Unidos (EUA)PoluiçãoExame na Assembleia GeralCOP29COP30

Mais de ESG

Incêndios reduzem estoque de carbono na Amazônia e Cerrado em até 68%, diz estudo

Casca de sururu e cera de depilação deixam de ir para o lixo

Os efeitos perversos dos jabutis incluídos no PL das Eólicas Offshore

Vazamento de petróleo russo no Mar Negro polui 49 km de praias