ESG

Na Maxmilhas, funcionárias ajudam mulheres em situação de violência

A Brigada MaxMinas, da empresa de viagens MaxMilhas, surgiu após uma funcionária sofrer violência do ex-companheiro. Hoje, o grupo já ajuda outras mulheres, produz conteúdo e mais; entenda

MaxMilhas cria coletivo para enfrentar a violência de gênero (Cris Faga/Getty Images)

MaxMilhas cria coletivo para enfrentar a violência de gênero (Cris Faga/Getty Images)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 10 de março de 2022 às 07h00.

Durante a pandemia da covid-19 no Brasil, uma a cada quatro mulheres é vítima de violência doméstica, segundo um levantamento do Datafolha encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. A partir dessa constatação e da necessidade de acolher uma colega de trabalho, que sofreu violência doméstica do ex-companheiro,  funcionárias de viagens MaxMilhas criaram a Brigada MaxMinas.

O grupo formado por 19 mulheres surgiu de forma espontanea e recebeu apoio institucional. A empresa promoveu treinamentos sobre direito trabalhista, penal e vara da família, além de oferecer capacitação para orientar e acolher em casos de violência contra a mulher. Agora, o objetivo principal da brigada é divulgar informações sobre o assunto, dentro e fora da empresa.

"É papel das empresas transformar a sociedade. A MaxMilhas sempre trabalhou temáticas relacionadas à luta por equidade, reparação e justiça social para todas as pessoas. No contexto de gênero, buscamos empoderar nossas mulheres, garantir um ambiente seguro e promover a conscientização para toda a empresa”, diz Thalita Matta Machado, especialista em cultura na MaxMilhas e integrante da Brigada MaxMinas.

A Brigada MaxMinas

A Brigada surgiu em agosto de 2021 e já acolheu três mulheres em situação de violência. Antes disto, a MaxMilhas vjá investia em ações internas, como palestras e cursos sobre violência de gênero e empoderamento feminino.

O resultado das orientações recebidas pela Brigada MaxMinas deu origem à cartilha “Por Uma Vida Livre de Violências”, que aborda desde a Lei Maria da Penha até todos os tipos de violência (física, moral e psicológica). O material explica qual é o perfil do agressor e como quebrar o ciclo de violência, incentivando as mulheres a conversarem com pessoas de confiança e buscarem seus direitos.

As mulheres da companhia já tiveram aulas de defesa pessoal com técnica de Krav Magá; oficina de autoconhecimento e identidade e educação financeira. Uma vez por mês, ocorre também um bate papo com as funcionárias. “Em 2019, fortalecemos nosso grupo de afinidade, para poder nos acolher, apoiar, discutir e propor ações", diz Machado.

 

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