ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Na JBS, a reciclagem plástica ganha novo fôlego com a expansão da Ambiental, de economia circular

Unidade de negócios focada na gestão de resíduos viu na Política Nacional de Resíduos Sólidos uma alavanca para conquistar parceiros estratégicos; só em 2024, foram 6 mil toneladas de plástico reciclado

A unidade, que antes se voltava para a gestão dos resíduos da própria JBS, expande desde 2023 seu alcance de mercado a partir de projetos de economia circular (Greco Studio/Divulgação)

A unidade, que antes se voltava para a gestão dos resíduos da própria JBS, expande desde 2023 seu alcance de mercado a partir de projetos de economia circular (Greco Studio/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 5 de fevereiro de 2025 às 11h14.

Última atualização em 5 de fevereiro de 2025 às 11h16.

Tudo sobreJBS
Saiba mais

Reutilizar, recuperar e reciclar materiais que podem ter sua vida-útil estendida. Essa é a estratégia da Ambiental, unidade de negócios da alimentícia JBS que reciclou mais de 6 mil toneladas de plástico em 2024. A marca especializada em gerenciamento de resíduos sólidos completa 10 anos de operação com mais de 46 mil toneladas de plástico reutilizado.

O material é transformado em resina reciclada, matéria-prima na fabricação de sacolas, lonas, embalagens, paletes e até mesmo telhas e pisos a partir do plástico antes descartado. Só no último ano, mais de 4,1 mil toneladas de resina reciclada foram produzidas, uma alta de 12% na comparação com 2023.

O último ano marcou também uma virada de chave na operação da Ambiental. A unidade, que antes se voltava para a gestão dos resíduos da própria JBS, expande desde 2023 seu alcance de mercado a partir de projetos de economia circular e transformação de resíduos plásticos em novos materiais e produtos.

Na Biopower, o óleo que frita o bife se transforma em combustível sustentável para caminhões

Em entrevista exclusiva à EXAME, a diretora da Ambiental, Thuany Taves, explica que a empresa espera desenvolver mais soluções para materiais de difícil reciclagem a partir de pesquisa e desenvolvimento. “Além da reciclagem, o objetivo é poder utilizar as matérias-primas em produtos sustentáveis de alta performance e qualidade”, conta.

Segundo a executiva, uma das aplicações mais inovadoras encontradas pelos pesquisadores da Ambiental foi o “piso verde”, tecnologia para revestimento de ambientes externos feita a partir do plástico, lançada em 2021.

A companhia também desenvolveu uma big bag sustentável, em substituição às sacolas utilizadas no transporte de insumos agrícolas que eram destinadas a aterros sanitários. O produto foi feito em parceria com as companhias Cibra e Infinity.

Big bag da JBS, desenvolvida em parceria com Cibra e Infinity

Economia circular em alta

Parte dessa estratégia se conecta com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, que define metas para a gestão do lixo produzido por governos, empresas e indivíduos. A pressa das empresas para encontrarem parceiros estratégicos para gerenciar e transformar seus resíduos fez com que mais empresas buscassem a Ambiental para desenvolver soluções personalizadas.

Apesar da expansão, 80% do volume de polímeros reciclados pela Ambiental provém da operação das marcas da JBS, como Friboi, Seara e Swift. Do total reciclado no último ano, 66% foram utilizados em insumos da produção industrial, enquanto outros 34% foram destinados para novos produtos plásticos.

“Com isso, ao transformar o que é resíduo de um ciclo produtivo em matéria-prima para outro, a JBS dá origem a oportunidades de negócios”, explica Taves.

Além do plástico

Materiais recicláveis — como papel, vidro e metal — e não recicláveis — lâmpadas, pilhas e baterias, entre outros — também integram a linha de trabalho da Ambiental. No último ano, 30 mil toneladas de produtos passaram pelo trabalho de gestão de resíduos, que passa pela identificação do material, transferência para recicladoras específicas e armazenamento adequado.

Tudo que é coletado e tratado nas 23 unidades de todo o Brasil tem como destinação final a matriz da JBS em Lins, interior de São Paulo. É lá que os resíduos são transformados em resinas e demais produtos plásticos. “Com isso, conseguimos aplicar o conceito de economia circular, gerando valor e transformando os resíduos que antes seriam descartados e enviados para o meio ambiente”, conta a diretora.

Para Taves, o modelo de circularidade deve auxiliar o país na busca pela redução do impacto ambiental na economia, sem que a dependência de recursos naturais se torne um problema. “Além de contribuir com o ambiente, a JBS ajuda a mitigar o impacto industrial ao promover a economia circular e produzir novos produtos agindo de maneira circular”, explica.

Acompanhe tudo sobre:JBSEconomia CircularReciclagemPlásticosReciclagem profissional

Mais de ESG

O ‘novo normal’ dos eventos extremos e a resiliência no fornecimento de energia elétrica

Banco da Amazônia encerra COP30 com nova arquitetura financeira verde

Para avançar no ESG, empresas apostam na formação de jovens aprendizes

Da frota elétrica ao mercado global: como Manaus quer monetizar sua descarbonização