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Líder da COP28 e da Adnoc defende tecnologias de captura de CO2

Al Jaber considera que as fontes de energia renováveis "não podem ser a única resposta", especialmente na produção de aço, cimento e alumínio, cujas emissões de dióxido de carbono são muito difíceis de reduzir

O presidente da COP28, Sultan Al Jaber, pediu um foco maior nas tecnologias de captura de carbono (AFP/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 10 de maio de 2023 às 15h35.

Última atualização em 10 de maio de 2023 às 15h42.

O chefe do setor petrolífero dos Emirados Árabes Unidos (EAU) , que neste ano preside as negociações climáticas da COP28 , pediu nesta quarta-feira, 10, para considerar "seriamente" as tecnologias de captura de CO2, sem focar exclusivamente na substituição das energias fósseis para combater o aquecimento global.

As fontes de energia renováveis, como solar e eólica, "não podem ser a única resposta", especialmente na produção de aço, cimento e alumínio, cujas emissões de dióxido de carbono (CO2) são muito difíceis de reduzir, disse Sultan Al Jaber.

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"Se realmente quisermos reduzir as emissões na indústria, temos de olhar seriamente para as tecnologias de captura de CO2", acrescentou Al Jaber, presidente da Adnoc, a companhia petrolífera nacional dos Emirados, em entrevista coletiva em Abu Dhabi.

COP28 no Golfo do México, líder em exportação de petróleo no mundo

O executivo foi nomeado em janeiro para liderar os trabalhos da COP28, a conferência da ONU, que neste ano será realizada neste rico país do Golfo, provocando a indignação de ONGs ambientalistas.

Os grandes exportadores de petróleo do Golfo, liderados por Arábia Saudita e Emirados, pedem mais atenção às tecnologias de captura e armazenamento de dióxido de carbono, principal emissor de gases de efeito estufa.

Mas muitos especialistas acreditam que essa tecnologia, ainda incipiente, é extremamente cara, sem resultados evidentes, e que não pode de forma alguma substituir as políticas ambientais que visam reduzir progressivamente o uso de hidrocarbonetos.

Esse debate promete ser um dos principais da COP28, que acontecerá em novembro e dezembro em Dubai, um empório global do consumo, da hiperclimatização e dos carros de luxo.

Aquecimento global e uso de energia renovável

Os quase 200 países signatários do Acordo de Paris de 2015 se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa para conter o aquecimento global "muito abaixo dos 2 ºC" e, se possível, limitá-lo a 1,5 ºC.

Mas o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alertou em março que o aquecimento global causado pela atividade humana pode chegar a 1,5 ºC em comparação com a era pré-industrial já entre 2030 e 2035.

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