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LGBTI+ nos esportes: Nike e Nix Diversidade fazem mapeamento de coletivos

No levatamento da Nike e Nix Diversidade há coletivos de diferentes modalidades esportivas e com perfis de participantes gays, lésbicas, transexuais e bissexuais

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Real Centro FC, criado na década de 90 e considerado o primeiro time de futebol de inclusão do Brasil (Gustavo Dantas/Reprodução)

Real Centro FC, criado na década de 90 e considerado o primeiro time de futebol de inclusão do Brasil (Gustavo Dantas/Reprodução)

M
Marina Filippe

Publicado em 13 de maio de 2022, 07h00.

Última atualização em 13 de maio de 2022, 09h12.

Das pessoas da LGBTQIA+ no Brasil, 42,8% não tem acesso ao esporte por diferentes motivos, segundo estudo realizado pela Nix Diversidade, com apoio da fabricante de materiais esportivos Nike. Para mudar esse cenário e tornar o ambiente esportivo mais inclusivo, as duas empresas divulgam mapeamento inédito de coletivos que promovem acesso ao esporte para a população LGBTQIA+, especialmente na região metropolitana de São Paulo.

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Durante a produção do estudo, foram identificados que, além dos desafios comuns aos brasileiros, muitas dessas pessoas enfrentam dificuldades adicionais que as impedem de praticar atividades físicas e esportivas de forma regular e em ambientes seguros. O estudo aponta que os principais motivos são:

  • falta de tempo (26,3%);
  • falta de companhia (20,6%);
  • e relatos de homofobia, transfobia ou outras discriminações, assim como bullying ou assédio (18,3%).

Além disso, 63,5% relataram que já foram discriminados ou presenciaram algum membro da comunidade LGBTQIA+ sendo discriminado ao praticar esporte e 80,2% consideram o esporte muito importante para a sociedade.

“A Nike tem uma longa história de atuação na promoção do esporte e na defesa de direitos sociais. Reconhecendo os desafios que a comunidade LGBTQIA+ enfrenta para ter uma vida ativa, a parceria com a Nix reforça nosso compromisso em criar soluções e inspirar pessoas de todos os perfis a fazer do esporte um hábito diário”, diz Bruno Teixeira, gerente sênior de Propósito da Fisia, Distribuidora Oficial Nike no Brasil.

O mapeamento dos coletivos está disponível no site https://nixdiversidade.org/coletivos/ e os visitantes podem contribuir com a atualização da ferramenta digital ao indicar outras iniciativas com abordagem similar. Há coletivos de diferentes modalidades e com perfis de participantes gays, lésbicas, transexuais e bissexuais. As pessoas também são incentivadas a interagir diretamente com os grupos por meio dos canais de comunicação que são disponibilizados.

“Por meio do estudo realizado, pudemos verificar que nos últimos anos houve um aumento expressivo de coletivos inclusivos de esporte amador no país, assim como do número de atletas profissionais vivendo plenamente sua orientação sexual e identidade de gênero. Por isso, dar visibilidade a esses avanços e boas práticas é fundamental para fomentar mais iniciativas, atrair mais participantes e trazer mais apoio para a comunidade”, afirma Fabrício Addeo Ramos, diretor da Nix Diversidade.

Além do mapeamento, também está disponível para acesso no site da Nix Diversidade, a publicação Diversidade & Inclusão no Esporte – estudo sobre as conquistas e os desafios da comunidade LGBTQIA+ no Brasil.  A obra reúne fatos históricos e apresenta a pesquisa feita com mais de 1000 pessoas de diferentes regiões do país sobre a percepção da comunidade em relação ao esporte.

Essas iniciativas fazem parte do compromisso da Nike de contribuir para que o esporte seja um hábito diário para todos. Em São Paulo, além da parceria com a Nix Diversidade, a marca também apoia a Casa Florescer (centro de acolhida para travestis e mulheres transexuais) e os coletivos esportivos Real Centro FC (grupo que reúne homens gays), Meninos Bons de Bola (grupo que reúne homens trans) e Angels Volley (grupo que reúne mulheres trans e homens gays).

“Batalhamos muito para chegar até aqui. Sem respeito à diversidade, não há igualdade. Fazer parte desse estudo e poder contar com o apoio da Nike é extremamente importante para nós, pois traz visibilidade para o que temos construído ao longo dessas décadas: o direito de jogar futebol como uma pessoa LGBTQIA+”, diz José Carlos Gimenez Gazzola, um dos líderes do Real Centro FC, criado na década de 90 e considerado o primeiro time de futebol de inclusão do Brasil.

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