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Klaus Schwab: futuro do Brasil depende de industrialização, meio ambiente e inteligência artificial

Criador do Fórum Econômico Mundial falou com exclusividade à EXAME no Fórum Brasil Competitivo

Klaus Schwab: “Estamos nos movendo para uma economia verde, sustentável e, agora, para uma era de inteligência artificial” (Rodrigo Caetano/Exame)
Rodrigo Caetano

Editor ESG

Publicado em 17 de maio de 2023 às 12h15.

Última atualização em 31 de maio de 2023 às 19h25.

O mundo mudou substancialmente na última década, afirma Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial. Os avanços são evidentes, mas ainda há regiões do mundo que ficaram para trás economicamente. A industrialização, tão eficiente em criar prosperidade e crescimento nos atuais países ricos, patina em alguns países – sendo o Brasil um deles.

As transformações promovidas pela nova economia verde, e o avanço da inteligência artificial, no entanto, fornecem uma oportunidade de pular etapas de avanço e promover um rápido desenvolvimento tecnológico, processo conhecido na comunidade de negócios como leapfrog.

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“Estamos nos movendo para uma economia verde, sustentável e, agora, para uma era de inteligência artificial”, disse Schwab à EXAME, logo após a sua palestra no Fórum de Competitividade , organizado pelo Movimento Brasil Competitivo e pela Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo.

A importância do setor de serviços

"Essas mudanças que ocorreram na última década tornaram o setor de serviços mais relevante para a economia, até no Brasil", diz Schwab. Por isso, há a necessidade de se criar novos modelos de produção, que congreguem antigas capacidades industriais, com as novas tecnologias e conceitos da economia verde.

“O Brasil, nesse sentido, possui uma vantagem competitiva”, explica. “O país pode criar essa combinação e fazer um leapfrog, desde que governo, sociedade e empresas caminhem juntos.” Schwab ainda destacou que a tecnologia de inteligência artificial irá reduzir a distância de conhecimento entre ricos e pobres, o que impulsiona a oportunidade de dar um salto de desenvolvimento.

Mais cedo, o vice-presidente Geraldo Alckmin defendeu essa mesma visão, e disse que o Brasil pode fazer toda a diferença quando se fala em sustentabilidade. “Hoje é preciso responder onde eu fabrico bem e barato e consigo compensar as emissões de carbono, e aí o Brasil é imbatível. Nós temos possibilidade enorme de atrair investimentos internos e ser um grande exportador, do agro, de mineração, mas especialmente do valor agregado, indústria e até de serviços”, afirmou, em seu discurso durante o evento.

Para Schwab, o futuro do Brasil, e da América Latina, é promissor. Mas depende de unir indústria, meio ambiente e inteligência artificial.

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