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Incêndios florestais deixam novos recordes de emissões este ano

Do início do ano até 10 de dezembro, cerca de 1.455 megatoneladas de emissões de carbono foram produzidas em consequência desses incêndios

Em regiões mais quentes e secas, as emissões de carbono aumentaram (CARL DE SOUZA/Getty Images)
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AFP

Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 14h23.

Apesar de as emissões por incêndios florestais tenderem a diminuir em escala mundial, algumas regiões registraram dados recordes em 2022, como a América Latina — conforme balanço anual divulgado pelo programa europeu Copernicus (CAMS), nesta terça-feira, 13.

Do início do ano até 10 de dezembro, cerca de 1.455 megatoneladas de emissões de carbono foram produzidas em consequência desses incêndios florestais e de vegetação em todo mundo, informa o Serviço de Vigilância Atmosférica Copernicus (CAMS).

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Há anos, esse número vem diminuindo, "em relação às mudanças no uso do solo e à diminuição do número de incêndios nas savanas tropicais", disse o cientista-chefe do CAMS, Mark Parrington.

Em regiões mais quentes e secas, como partes da América do Sul, porém, as emissões de carbono aumentaram.

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Entre janeiro e março, algumas regiões do Paraguai e da Argentina sofreram incêndios florestais sem precedentes, devido a uma onda de calor e às condições de seca, causando as maiores emissões de incêndios dos últimos 20 anos.

No Brasil, o estado do Amazonas também bateu seu recorde e, entre julho e outubro, registrou a maior emissão total procedente de queimadas dos últimos 20 anos, de pouco mais de 22 megatoneladas, cinco a mais do que em 2021, seu recorde anterior.

Entre junho e agosto de 2022, a alta da temporada de incêndios florestais na União Europeia e no Reino Unido resultou no maior total de emissões desde o verão de 2007.

“A maior duração e intensidade das ondas de calor de verão, junto com as condições gerais de seca do continente em 2022, contribuíram para esta situação”, disse o Copernicus.

Estes novos recordes se devem, em particular, aos grandes incêndios que atingiram a Espanha e o sudeste da França.

Os dois países registraram as emissões de carbono mais altas de junho a agosto desde pelo menos 2003, ano a partir do qual o CAMS dispõe de dados comparáveis.

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