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Greta volta a protestar contra destruição da Amazônia em evento global

A ativista, que já foi chamada de pirralha pelo presidente Jair Bolsonaro, pressiona o governo brasileiro a tomar medidas para a preservação da floresta

Greta Thunberg: "Essa crise é global. Pois, o que acontece na Amazônia não fica na Amazônia e a gente precisa agir agora” (Foto/AFP)
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Rodrigo Caetano

Publicado em 31 de agosto de 2020 às 10h24.

Greta Thunberg voltou à escola na semana passada. Mas, quem achou que ela iria sossegar, estava enganado. Ontem, a menina ativista voltou a liderar um protesto pela proteção ao meio ambiente. Dessa vez, o foco dos jovens estava na Amazônia.

O Movimento Fridays for Future, criado para coordenar as greves escolares que imitavam o protesto solitário de Greta e que a tornou famosa, realizou uma série de ações, online e presenciais, em 20 países (Brasil incluído), para alertar sobre a importância de proteger a maior floresta tropical do mundo.

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Na sexta-feira, Greta já havia feito uma live ao lado de Sonia Guajajara, líder indígena brasileira, pedindo que a sociedade pressione os governos pela preservação da Amazônia e o respeito aos povos indígenas. "Essa crise é global. Pois, o que acontece na Amazônia não fica na Amazônia e a gente precisa agir agora”, afirmou Greta. “Dependemos das pessoas colocando as vidas em risco para salvar a Amazônia, para protegê-la. E dependemos dos povos indígenas."

Essa não é a primeira vez que a ativista sueca se mobiliza em favor da Amazônia. Em julho, a Greta anunciou que vai doar 100 mil euros (610.000 reais na cotação atual) para um projeto de combate ao coronavírus na região. Recentemente, ela recebeu mais de 6 milhões de reais através do Prêmio Gulbenkian para a Humanidade, um projeto que integra a campanha SOS Amazônia, do movimento Fridays for Future. Em maio, ela fez uma campanha mundial em apoio à capital do Amazonas, Manaus, também voltada para o combate à pandemia.

Volta às aulas

Na segunda-feira 24, a sueca voltou à escola depois de um período sabático de 1 ano.A sua “folga”, na realidade, foi cheia de trabalho. Nos últimos 12 meses, Greta discursou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na COP25, em Madri, e continuou cobrando impiedosamente os políticos do momento. Na semana passada, em encontro com a chanceler alemã, Angela Merkel, na semana passada, ela pediu que Merkel saísse de sua “zona de conforto” e acelerasse a ação para combater a emergência climática.

Nos últimos dois anos, a menina de 17 anos emergiu como a voz de uma geração que está preocupada com o planeta. Greta ganhou notoriedade mundial de forma meteórica. Seu protesto solitário começou em agosto de 2018. Toda sexta-feira, ela faltava à escola e se dirigia para o parlamento sueco, em Estocolmo, com um cartaz escrito “greve escolar pelo clima”. A história logo se espalhou pelas redes sociais.

Em dezembro, ela fez um discurso durante a Cop24, em Katowice, na Polônia. A imagem da pequena garota cobrando impiedosamente as autoridades fortaleceu ainda mais sua influência. Milhares de jovens ao redor do mundo seguiram seu exemplo.

No dia 20 de setembro do ano passado, mais de 4 milhões de pessoas aderiram a uma greve global, convocada pela internet, na maior manifestação pelo clima da história. Ao mesmo tempo, sua ousadia irritou líderes como Donald Trump, que sugeriu que ela se acalmasse, e Jair Bolsonaro, que a chamou de pirralha.

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