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Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em evento da Bloomberg, em Nova York (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de ESG
Publicado em 19 de setembro de 2023 às 18h55.
Última atualização em 20 de setembro de 2023 às 12h10.
De Nova York*
Os discursos dos ministros do governo Lula estão alinhados na Semana do Clima de Nova York e na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Poucas horas depois da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, em entrevista à EXAME, citar a diminuição do desmatamento na Amazônia em 48% nos nove primeiros meses do ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, repetiu o dado no evento Bloomberg Transition Finance Action Forum, em conversa com Mark Carney, ex-presidente do Banco da Inglaterra.
"Muito se fala da Amazônia no mundo e nós devemos ser os guardiões da floresta. Reduzimos o desmatamento na região em 48% nos primeiros meses de governo. Isto é um dos indicadores de que somos um país pronto para a corrida de descarbonização do planeta", diz.
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Em seguida, o ministro citou outras práticas: "O Brasil tem a oportunidade de produzir uma série de bens socioambientais, com foco na geração de desenvolvimento também da população, algo essencial para garantir a sustentabilidade no longo prazo".
Haddad citou o Brasil como "uma plataforma de produtos para o atingimento do NetZero". Entre eles, a matriz energética 90% limpa, o manejo de florestas e projetos para a produção do hidrogênio verde a partir do etanol. "Temos a força da produção do etanol e podemos investir na produção de hidrogênio verde a partir disto, assim como num SAF (combustível sustentável de aviação) que siga as normas e as demandas do setor. Para soluções de navegação, também estamos sendo procurados. Além disto, estamos explorando possibilidades de termos mais carros híbridos e investimentos de montadoras de carros elétricos no Brasil.
Para isto, a questão fiscal precisa ser vatajosa e clara. "O governo Lula deu passos importantes na agenda econômica, como com a aprovação de um marco fiscal novo. Nós também recuperamos questões fiscais que vão trazer vantagens para o poder público e a geração de empregos, o combate à fome e a pobreza a partir das nossas vantagens na agenda ambiental".
O ministro citou ainda outra pautas debatidas no evento, como a regulação dos mercados de carbono ao redor do mundo. "Encaminhamos no Congresso a lei de crédito de carbono, que considera a transição ecológica na tributação, quando os bens sustentáveis recebem incentivos fiscais. Queremos levar há publico em duas semanas a taxonomia brasileira e estabelecer padrões da transição que possam servir de exemplo".
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