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SDGs in Brazil: colaboração, representatividade e o papel das empresas na promoção dos ODS

Segundo dia do evento promovido pelo Pacto Global na ONU foca a força do setor privado como promotor de mudanças estruturais

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Sanda Ojiambo: CEO Global do Pacto Global da ONU, durante discurso sobre a importância do setor privado para a resolução de questões ambientais e sociais (Leandro Fonseca/Exame)

Sanda Ojiambo: CEO Global do Pacto Global da ONU, durante discurso sobre a importância do setor privado para a resolução de questões ambientais e sociais (Leandro Fonseca/Exame)

O papel das empresas na transição para a economia de baixo carbono foi o principal tema do segundo dia de debates no SDGs in Brazil, evento promovido pelo Pacto Global da ONU no Brasil. Foram apresentados conteúdos riquíssimos. Infelizmente não consegui acompanhar todos os painéis, pois alguns ocorriam em paralelo, mas foi um dia de muito conhecimento compartilhado — e, no meu caso, adquirido.

Sanda Ojiambo, CEO Global do Pacto Global da ONU, abriu o evento falando da importância do setor privado na solução de problemas ambientais e sociais. Ela lembrou que a Agenda 2030 começou em 2015 com muitas promessas, e que estamos no meio do caminho, atrasados em atingir nossos desafios.

Rachel Maia, presidente do conselho do Pacto Global da ONU no Brasil, chamou a atenção para as pessoas, que devem estar no centro e qualquer decisão. E Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil, lembrou que as empresas precisam mensurar seu impacto, pois esse acompanhamento será indispensável para atingir suas metas.

Ana Lucia Villela, presidente do Instituo Alana, fez uma reflexão sobre interdependência, falando da importância de olharmos para as crianças. O desenvolvimento econômico, a erradicação da pobreza, a preservação da natureza e a maioria (ou todos) dos problemas poderiam ser resolvidos se as crianças recebessem uma boa educação.

Luís Henrique Guimarães, CEO da Cosan, lembrou da importância do Brasil na transição energética e para a descarbonização global. A revolução verde é uma grande oportunidade para o Brasil, que não pode ser perdida.

John Elkington, também conhecido como o pai da sustentabilidade, que cunhou o termo triple bottom line e criou o conceito dos 3Ps: planet, people e profit (planeta, pessoas e lucro, em inglês) — a sustentabilidade está na interseção desses três elementos. Elkington provocou o setor privado a abraçar a inovação para acelerar a agenda sustentável.

Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, falou da importância da representatividade — que no seu caso teve sua tia e sua mãe como exemplos. Ela citou quão difícil é quebrar paradigmas, mas as transformações não acontecem sem essa quebra. Como exemplo, ela citou as críticas que recebeu quando o Magazine Luiza lançou seu programa de trainees para negros, que depois foi seguido por várias empresas.

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Alcione Albanese, da ONG Amigos do Bem, contou sobre seu projeto de transformação por meio da educação e do trabalho digno — essencial em um país que está em oitavo lugar no ranking de desigualdade.

As empresas participaram ativamente dos debates. Camila Araújo, vice-presidente da Eletrobras, comentou sobre a importância da preservação da Amazônia. “Um negócio só consegue se perpetuar baseado na coexistência. No nosso caso, a geração de energia só deve acontecer com respeito ao meio ambiente e às comunidades. As questões ambientais e sociais são intrínsecas à nossa governança, pois devem ser consideradas em todas as nossas decisões”.

Stella Brant, vice-presidente de marketing e sustentabilidade da Afya, falou sobre saúde mental. Stella apresentou dados sobre a saúde mental dos médicos, que foi um tema recorrente durante a pandemia, mas, na verdade, continua apresentando dados preocupantes. A Afya está medindo a saúde mental de alunos e médicos em seu ecossistema, e trabalhando para solucionar essa questão.

Estevan Sartoreli, cofundador da Dengo Chocolates, falou da relação entre igualdade e felicidade, e da importância de valorizar as pessoas. Na Dengo, a renda decente inclui toda a cadeia de produção, pois não existe a sustentabilidade sem uma renda sustentável.

As empresas presentes no evento contaram seus cases, e como estão pavimentando o caminho. Mais que isso, mostraram a necessidade de dividir conhecimento. Afinal, como lembrou Rodolfo Sirol, diretor de sustentabilidade da CPFL Energia e reconhecido este ano como SDG Pioneer, “o ODS 17 é sobre colaboração, pois ninguém tem, sozinho, todas as respostas”.

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