ESG

Apoio:

logo_suvinil_500x252
Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
logo_engie_500X252

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Existe uma alternativa de baixo impacto ambiental para desenvolvimento da geração hidrelétrica?

Usinas hidrelétricas de baixíssima queda em regiões de grande disponibilidade hídrica trazem outras vantagens além da questão socioambiental

Assim como no caso das usinas reversíveis, ou baterias d’água, as hidrelétricas de baixíssima queda podem promover uma retomada da indústria nacional. (Ascent Xmedia/Getty Images)

Assim como no caso das usinas reversíveis, ou baterias d’água, as hidrelétricas de baixíssima queda podem promover uma retomada da indústria nacional. (Ascent Xmedia/Getty Images)

Publicado em 12 de julho de 2024 às 14h30.

Última atualização em 17 de julho de 2024 às 17h25.

O maior potencial hidrelétrico ainda inexplorado do Brasil com baixo impacto socioambiental se encontra em regiões planas de grande disponibilidade hídrica. Um bom exemplo são os trechos de rios não aproveitados entre usinas existentes.

Os projetos de usinas hidrelétricas de baixíssima queda, inferiores a 10 metros, poderiam  acrescentar alguns gigawatts à matriz brasileira, e teriam as seguintes vantagens:

  • Os reservatórios formados na calha natural do rio, em condições equivalentes à época de cheias, resultam em impactos socioambientais mínimos.
  • O pequeno desnível favorece os sistemas de transposição de peixes baseados na natureza, mais eficientes e eficazes.
  • A extensão da casa de máquinas pode ser utilizada para a passagem de cheias. Nessa situação a usina fica submersa.
  • O conceito envolve a instalação de muitas unidades geradoras de menor porte, o que propicia soluções compactas e padronizadas, com ganhos de escala típicos da indústria solar e eólica.
  • O menor volume de obras diminui riscos construtivos, evitando sobrecustos e atrasos.

Usinas desse tipo não resolvem as questões de uso múltiplo e armazenamento, que dependem de condições topográficas diferentes e de necessidades socioambientais particulares, como no caso das bacias recentemente atingidas pelas cheias no Rio Grande do Sul.

Por outro lado, embora tenda a ser mais adequado a trechos planos de rios em regiões já alteradas pela ação humana, esse tipo de arranjo também pode ser avaliado em ambiente participativo como alternativa para usinas cujos estudos não avançaram devido a restrições socioambientais.

Diante das vantagens específicas dessa solução de engenharia, avaliamos que haveria viabilidade econômica para esse tipo de projeto. Assim como no caso das usinas reversíveis, ou baterias d’água, as hidrelétricas de baixíssima queda podem promover uma retomada da indústria nacional, com benefícios em diversos elos da cadeia produtiva, como empresas projetistas, construtoras e fabricantes de equipamentos eletromecânicos.

Acompanhe tudo sobre:branded-contentPSR Energia em foco

Mais de ESG

Petrobras cria IA para identificar desvios de ativos e falhas de governança

Fogo avança no Pantanal e consumiu 1,3 milhão de hectares até agora

Um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas sofre para cultivar o arroz

Quais lições o Brasil pode tirar do novo mercado elétrico europeu?

Mais na Exame