Equinor quer evitar risco de novas bacias ao explorar petróleo
A postura reflete uma mudança entre muitas rivais da Equinor, que buscam estar mais perto de descobertas de petróleo e gás à medida que a transição energética global se acelera
Bloomberg
Publicado em 18 de agosto de 2021 às 12h05.
Última atualização em 18 de agosto de 2021 às 12h06.
A gigante de petróleo norueguesa Equinor disse que prefere explorar áreas maduras em vez de bacias de fronteira para evitar os riscos que acompanham regiões caras e ainda por desenvolver em meio à transição para eliminar combustíveis fósseis.
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A postura reflete uma mudança entre muitas rivais da Equinor, que buscam estar mais perto de descobertas estabelecidas de petróleo e gás à medida que a transição energética global se acelera. Fazer grandes investimentos em novas regiões, onde as descobertas podem levar mais de uma década para entrarem em operação, não é garantia de retornos futuros.
“Onde temos maior sucesso e onde acreditamos que teremos o maior sucesso no futuro, são em áreas maduras perto da infraestrutura”, disse o CEO da Equinor, Anders Opedal, em entrevista. “Nessas áreas, conseguimos produzir com baixas emissões e com baixo ponto de equilíbrio e curto prazo para retorno.”
Questões climáticas levaram petroleiras a alterar uma estrutura operacional das quais se beneficiam há décadas. Foram recompensadas anteriormente por investidores por abrirem novas bacias de combustível fóssil, mas muitas agora questionam se mais descobertas são necessárias à medida que o mundo busca formas mais limpas de energia.
A Equinor já saiu de áreas de fronteira do Mar de Barents, o que representou um golpe nas ambições da Noruega de desenvolver uma província petrolífera na região ártica. Produtores locais teriam de fazer descobertas significativas para justificar as despesas de desenvolvimento de uma área que não dispõe da infraestrutura de energia do Mar do Norte.
A exploração de petróleo e gás na Noruega, o maior produtor da Europa Ocidental, é um tema crucial no debate para as eleições de 13 de setembro. O Partido Trabalhista, de oposição, defensor da indústria de combustíveis fósseis, lidera as pesquisas de intenções de voto, mas provavelmente precisará formar uma coalizão com um dos partidos menores que pedem mudanças radicais das políticas.
Espen Barth Eide, parlamentar do Partido Trabalhista e porta-voz da legenda para o clima e energia, admitiu esta semana que a exploração futura pode ser focada em áreas maduras. A prática de “entrar em uma área totalmente nova e construir tudo do zero” agora é “vista como um pouco retrô”, disse.