ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Energia renovável cresce no Brasil, mas subsídios exigem revisão do setor elétrico

Expansão das fontes renováveis é impulsionada por custos mais baixos e incentivos, mas sustentabilidade financeira do setor requer ajustes para evitar distorções no mercado

De acordo com a Aneel, os subsídios cresceram, em média, 16,5% ao ano desde 2018, chegando a R$ 40,3 bilhões em 2023  (Witthaya Prasongsin/Getty Images)

De acordo com a Aneel, os subsídios cresceram, em média, 16,5% ao ano desde 2018, chegando a R$ 40,3 bilhões em 2023 (Witthaya Prasongsin/Getty Images)

Rodrigo Gelli
Rodrigo Gelli

Colunista

Publicado em 8 de maio de 2024 às 14h23.

Última atualização em 6 de junho de 2024 às 15h35.

O crescimento da capacidade de geração a partir de fontes renováveis no Brasil é resultado da tendência mundial de redução de custos de equipamentos eólicos e solares, como consequência do movimento de transição energética, e de condições de financiamento menos exigentes, subsídios e a abertura do mercado livre para os consumidores do Grupo A (consumidores atendidos em alta tensão).

No mercado livre brasileiro, o novo gerador renovável consegue ser competitivo frente a um gerador hidrelétrico existente, por exemplo, por meio do arranjo comercial da autoprodução de energia por equiparação. Nesse arranjo o consumidor de energia se torna sócio de um projeto de geração renovável e, com isso, garante a isenção da cobrança da maioria dos encargos setoriais.

É possível ainda acumular o benefício da autoprodução e o subsídio da energia renovável: desconto na tarifa de transporte de energia de gerador, extensível ao consumidor que compra contratos desse gerador. A depender do tipo de consumidor, o valor total desse arranjo pode chegar a 150 R$/MWh.

Assim, apesar de o gerador renovável novo exigir um preço de contrato de energia maior do que o de um gerador existente, os custos totais de suprimento de eletricidade de um consumidor que compra um contrato de uma hidrelétrica no mercado livre ou de um consumidor autoprodutor de energia renovável podem ser equivalentes.

Os custos da autoprodução de energia renovável (benefício e subsídio) são custeados por todos os outros consumidores do sistema (livre e cativos) por meio da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, o fundo setorial que tem como objetivo financiar diversas políticas públicas do setor elétrico brasileiro.

De acordo com o “subsidiômetro” da Aneel[1], os subsídios cresceram, em média, 16,5% ao ano desde 2018, chegando a R$ 40,3 bilhões em 2023. Esse levantamento mostra a urgência de se reavaliar os subsídios existentes e assimetrias comerciais do setor elétrico e criar um ambiente de mercado com sinais de preços adequados, especialmente sob a perspectiva de avançarmos na abertura do mercado livre para os consumidores.

[1] https://portalrelatorios.aneel.gov.br/luznatarifa/subsidiometro#!

Acompanhe tudo sobre:Energia renovávelbranded-contentPSR Energia em foco

Mais de ESG

Iniciativa do Rock in Rio e The Town destina R$ 2 milhões para a conservação da Amazônia

Como o lítio pode contribuir para o meio ambiente e o desenvolvimento brasileiro

IA do Imazon projeta 6,5 km² da Amazônia sob risco de desmatamento em 2025

EXCLUSIVO: Casa dos Ventos e RIMA firmam acordo de R$ 1 bilhão pelo fornecimento de energia eólica