Emissões de gases de efeito estufa reduziram 8% na UE em 2023
União Europeia avança na meta de reduzir emissões e atingir a neutralidade carbônica até 2050
Agência de notícias
Publicado em 31 de outubro de 2024 às 15h34.
As emissões de gases de efeito estufa registraram uma redução de 8,3% na União Europeia em 2023 em relação ao ano anterior, como resultado do avanço das energias renováveis , conforme anunciaram fontes oficiais nesta quinta-feira, 31.
Redução histórica de emissões na União Europeia
A Agência Europeia do Meio Ambiente (AEA), sediada em Copenhague, declarou que essa foi a maior queda "em décadas", representando uma redução acumulada de 37% em relação aos níveis de 1990.
“Essa diminuição considerável deve-se a uma redução significativa no uso de carvão e ao crescimento das fontes de energia renováveis, além de uma queda no consumo de energia em toda a Europa”, explicou a AEA.
Participação das energias renováveis e setores com emissões em alta
No consumo de energia, a participação das energias renováveis aumentou de 10,2% em 2005 para 24% em 2023. A Comissão Europeia celebrou a redução em nota, afirmando que "a UE segue no caminho certo para alcançar seu compromisso de reduzir as emissões em pelo menos 55% até 2030."
No entanto, as emissões do setor de aviação subiram 9,5%, mantendo a tendência pós-pandemia. Em contrapartida, as emissões do aquecimento e da produção elétrica caíram 24% em relação a 2022, impulsionadas pelo crescimento das energias renováveis, como eólica e solar.
Energia renovável é destaque na produção de eletricidade
As energias renováveis foram a principal fonte de eletricidade na UE em 2023, com 44,7% da produção (ante 41,2% em 2022), ultrapassando os combustíveis fósseis, que ficaram com 32,5%, e a energia nuclear, com 22,8%.
A UE mantém como meta a neutralidade carbônica até 2050. Para isso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deverá negociar um objetivo intermediário para 2040, quando espera-se uma redução de 90% nas emissões em comparação com os níveis de 1990.
Entretanto, partidos de direita no Parlamento Europeu manifestaram insatisfação com esse plano, considerando a meta de 90% até 2040 "extremamente ambiciosa".