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Coca-Cola: marca irá destinar R$ 2,7 milhões em projetos de saneamento básico e tratamento de água (Regis Duvignau/Reuters)
Nesta segunda-feira, é celebrado o Dia Mundial da Água, e a Coca-Cola aproveitou a data para anunciar que irá investir 2,7 milhões de reais em projetos de saneamento básico e abastecimento de água em comunidades e áreas isoladas do Brasil.
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Do total, 1,9 milhão de reais será investido em programas que levam água tratada a comunidades e escolas, e 800 mil reais irão para programas de conservação e recuperação de rios e áreas verdes. Os recursos serão destinados ao longo de todo o ano e devem impactar cerca de 155 mil pessoas em dez diferentes estados da federação, segundo a empresa.
A Coca-Cola mantém, desde 2017,o programa Água+Acesso, projeto em parceria com organizações da sociedade civil que contribui com a ampliação do tratamento de água em comunidades rurais, o estímulo a modelos de gestão autossustentáveis e a integração e o fortalecimento do setor.
Entre 2017 e 2020, as ações do programa, diz a empresa, chegaram a oito estados, 89 municípios e 377 comunidades, beneficiando mais de 135 mil pessoas. No último ano, o programa possibilitou o consumo de mais de 1,6 bilhão de litros de água tratada, volume suficiente para abastecer uma cidade de 44 mil habitantes durante um ano.
“Água é uma prioridade na Coca-Cola Brasil e tivemos aprendizados importantes com o Água+Acesso. Desde o início do programa, buscamos apoiar e dar visibilidade a modelos autossustentáveis, que são muito mais eficazes e com maior impacto e resultados que outros tipos de investimentos sociais”, diz Rodrigo Brito, gerente sênior de sustentabilidade da Coca-Cola Brasil & Cone Sul.
A melhoria na eficiência hídrica das fábricas é também um objetivo da Coca-Cola. Com a integração de dados e tecnologia, a empresa afirma ter reduzido o consumo de 1,63 litro de água utilizados a cada 1 litro de bebida produzida em 2019 para 1,55 litro em 2020.
Pelo projeto Bolsa Floresta, desenvolvido em conjunto com a Fundação Amazonas Sustentável, a Coca-Cola Brasil também garante a reposição de 100% da água utilizada nas suas fábricas através da conservação de uma bacia hidrográfica de 103 mil hectares na Amazônia.
Apesar de ser o dono da maior reserva de água doce do mundo, o Brasil enfrenta problemas estruturais no que diz respeito à infraestrutura nacional de saneamento básico. Segundo dados do IBGE, em 2019, 6,1 milhões de residências no país não recebiam água encanada, o que priva mais de 18 milhões de pessoas do abastecimento.
Parte desses problemas é resultado do mau gerenciamento e escassez de investimento públicos para o setor, algo que pode ser solucionado por meio da intervenção do setor privado. “O governo não tem as condições necessárias para incorporar a inovação. É a iniciativa privada que vai liderar essa agenda”, disse o pesquisador Gregg Brill, do Pacific Institute, em entrevista à EXAME.
Com a pandemia de covid-19, o acesso à água tratada e saneamento se tornou ainda mais grave, dada a crise sanitária do país. Com a intenção de solucionar parte do problema, o Ministério do Meio Ambiente também lançou hoje, 22, o Programa Águas Brasileiras, que foca na revitalização das principais bacias hidrográficas do país e melhoria da disponibilidade de água.