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De Fortaleza, Dell cria soluções tecnológicas para promover inclusão de PCD

Ações trazem acessibilidade para funcionários da comunidade surda, cegos, além de pessoas com deficiência física

Acessibilidade: ferramenta da Dell auxilia funcionários surdos com detalhes de processos corporativos ( Dell Technologies/Divulgação)

Acessibilidade: ferramenta da Dell auxilia funcionários surdos com detalhes de processos corporativos ( Dell Technologies/Divulgação)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 10 de outubro de 2023 às 11h00.

Última atualização em 10 de outubro de 2023 às 15h05.

Mais de 18 milhões de brasileiros são pessoas com deficiência (PCD), é o que diz a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad): Pessoas com Deficiência 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Pensando nessas pessoas, a gigante de tecnologia, Dell Technologies, conta com alguns projetos para promover acessibilidade para pessoas com deficiência. 

Mas é na cidade cearense de Fortaleza que a marca conta com seu Centro de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento, conhecido como LEAD. O projeto – que teve início com o lançamento de uma plataforma de capacitação e ensino à distância acessível, já capacitou mais de 60 mil pessoas com ou sem deficiência no Brasil – comemora 12 anos de implementação em 2023. Logo no início, o projeto contou com a ajuda de 40 pessoas com deficiência que eram funcionários da Dell para agregarem no desenvolvimento e efetividade dessas iniciativas, os contratados PCD continuam na empresa.

Ali, a Dell, juntamente com a sua área de responsabilidade social, se perguntou “por que poucas pessoas com deficiência têm vínculo empregatício formal com empresas?” – visto que de acordo com o IBGE, apenas 26,6% das PCD encontram espaço no mercado de trabalho. “Percebemos que faltava acessibilidade e não só acessibilidade física, mas tecnológica. Falta qualificação e oportunidades para essas pessoas”, afirmou Eder Soares, gerente de projetos de inovação e líder do LEAD. O setor de responsabilidade social da Dell está ancorado em três pilares: inclusão, como usar a tecnologia para transformar vidas e a preocupação com o meio ambiente. 

Acessibilidade na tecnologia

Dentre os projetos desenvolvidos pelo LEAD, a Dell criou a Fábrica de Sinais, que é ferramenta colaborativa online para ajudar a comunidade surda com a criação de novos sinais relacionados a palavras do ambiente de tecnologia, a plataforma Artrade, que usa realidade aumentada para ajudar pessoas surdas a montarem um computador e um app para intermediar conversas entre surdos e ouvintes, além de oferecer o Steve, um exoesqueleto de elevação postural que ajuda pessoas com questões de mobilidade nos membros inferiores a ficarem de pé no trabalho cotidiano do ambiente fabril. 

A Dell também conta com duas versões do Steve na fábrica, pronto para uso. O equipamento conta com sensores para acompanhar o funcionário ao longo do seu trabalho. “Esse exoesqueleto ajuda pessoas com limitações nos membros inferiores a ficarem de pé para trabalharem na nossa linha de produção. A tecnologia foi recentemente certificada via Anvisa e Inmetro, ou seja, é uma pesquisa que nasceu do zero em parceria com LEAD nas fábricas de Hortolândia”, disse Elder. 

“Ou seja, hoje uma pessoa com deficiência nos membros inferiores pode trabalhar na linha de manufatura”, afirmou Diego Puerta, presidente da Dell no Brasil. Hoje, a Dell conta com 94 funcionários com deficiência trabalhando nas fábricas. 

“Tenho minha vida, uso cadeira de rodas, na minha casa eu consigo usar muletas também, só que com o Steve é diferente porque com as muletas eu não posso soltar minhas mãos. Já com o Steve eu estou livre de muletas e cadeira de rodas, não precisando me apoiar, pegar algo no armário, me deixa bem livre, sem pedir auxílio”, disse Erico Oliveira, testadores de software da Dell.

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Outro projeto é o Maia que auxilia pessoas surdas a testarem os aparelhos de som dos produtos da Dell, convertendo estímulos sonoros em imagens. “Então nós usamos a tecnologia como solução. É fácil dizer ‘não consigo colocar uma pessoa com deficiência na área de produção’; nós fazemos o contrário: desenvolvemos uma solução para incluir”, afirmou Soares. 

Além da Maia, a Dell conta com a Wal (do inglês, website accessibility layers) é uma extensão de navegador para tornar páginas, que não seguem os padrões internacionais de acessibilidade, mais acessíveis com 34 recursos de acessibilidade como diminuição de fontes, exclusão de fontes com serifa para quem tem dislexia. Como forma de compartilhar a experiência de usuário para conscientização, a Dell criou o Empathy Lab Wal (do inglês, laboratório empático Wal), que simula como pessoas cegas usam o computador para pessoas não cegas.

Existe também a Lisa Webtalk para auxiliar pessoas surdas com processos corporativos. O aplicativo “lê” a sinalização da pessoa surda e o avatar traduz. “Essa é uma ferramenta que ajuda na interação entre pessoas surdas e pessoas ouvintes. Isso diz muito sobre o contexto em que trabalhamos. A Lisa dá apoio aos nossos processos corporativos, por exemplo, se um colaborador surdo tem dificuldade em na área de benefício e solicitar suas férias, agora ele vai conseguir”, disse Soares.

“O Steve e as outras ferramentas servem para expandir as possibilidades para as pessoas com deficiência. Nós escutamos. Mas de jeito nenhum vamos deixar de tornar o ambiente acessível porque temos ferramentas tecnológicas. Acredito que é uma combinação dos dois elementos: a tecnologia usada para expandir as possibilidades. A tecnologia é o grande catalisador do desenvolvimento”, afirmou Puerta.

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